A Flamingo Edições quer dar asas à nova literatura infantil luso-brasileira

Era uma vez a Flamingo Edições, a nova editora luso-brasileira de literatura infantil. Tem nome de ave – porventura a que maior fascínio desperta nos mais pequenos – e promete levar o livro infantil em língua portuguesa para voos mais altos. 

À conversa com o SOL, Leonor Tavares, Directora de Comunicação da Editora, contou-nos um pouco da história que a Flamingo quer escrever: "A Flamingo é uma editora inteiramente dedicada ao Livro infantil em língua portuguesa. Nunca como hoje se tornou tão importante o fomento do livro e da leitura. E a história da relação que cada um de nós tem com a leitura começa com os livros infantis que nos foram dados a conhecer, com as primeiras histórias que ouvimos ler e contar. Começamos a ler mesmo antes de aprendermos a fazê-lo, no momento em que começamos a ouvir os nossos pais contar-nos as primeiras histórias, com aquele estranho e fascinante objecto feito de papel que seguram nas suas mãos. Queremos ser a editora dos primeiros livros com os quais cada um dos nossos pequenos leitores inicie a sua relação com este mundo fantástico das histórias escritas".
 
Os primeiros livros verão a luz do dia já este mês e, de acordo com Leonor Tavares, os cerca de trinta livros com publicação já programada até ao final do ano trarão trinta novas histórias, contos originais escritos por Autores portugueses e brasileiros contemporâneos. "A Flamingo foi criada para acrescentar, não para reproduzir. Queremos contribuir para o enriquecimento da oferta disponível, na literatura infantil, na nossa Língua. Não quer dizer que não possamos apostar numa ou outra nova edição de um ou outro Autor traduzido para português, caso entendamos que podemos acrescentar algo à edição dessa história na nossa língua. Mas aquilo que nos entusiasma mais do que tudo é a descoberta de novas histórias. Há um enorme talento por descobrir e por divulgar, quando falamos de autores e ilustradores dedicados a este género literário", afirma Leonor Tavares.
 
E pedindo o seu nome emprestado a uma ave, A Flamingo Edições parece apostada em ambiciosas migrações dos seus livros sobre o Atlântico. A nova editora arranca com escritórios em Lisboa e São Paulo, no Brasil, países que para Leonor Tavares se tratarão de um único território de actuação para a publicação e promoção dos seus livros: "O século XXI é o século do definitivo encurtamento de distâncias entre os mais distantes povos. E nesta crescente facilidade de trocas, das mais diversas naturezas, entre povos fisicamente distantes, há algo que torna alguns povos ainda mais próximos: a sua Língua. Enquanto editora, mais não faremos do que publicar histórias para serem contadas, lidas e ouvidas. E, se essas histórias serão escritas na nossa Língua, porque não poderão ser lidas e ouvidas e qualquer um dos territórios que falam essa Língua? A Flamingo irá permitir aos seus livros essa travessia atlântica".