Centristas querem abrir serviço de travessia fluvial do Tejo a empresas privadas

Partido quer abrir atividade à concorrência e deixa em aberto a possibilidade de estes novos operadores também aderirem aos passes.

O CDS quer que o serviço da travessia fluvial do Tejo seja também feito por privados, acabando com a atual exclusividade da Transtejo e da Soflusa. Esta é a solução dos centristas para fazer face “ao aumento da procura, presente e esperado, prejudicando a vida de milhares de passageiros, como [a atual oferta] tem sido incapaz de aproveitar as potencialidades da transferência modal na Área metropolitana de Lisboa”.

Face a este cenário, o CDS pretende abrir o mercado à concorrência e a privados. “Não faz sentido manter um exclusivo, privando os passageiros de mais alternativas e mais escolhas”. No entanto, garante que “as empresas públicas continuam a ser públicas”. E como tal, defende que têm de continuar a “cumprir com as obrigações de serviço público”.

Os centristas acreditam que há espaço para aparecerem empresas privadas, desde que cumpram os requisitos de segurança e certificação. “O potencial da travessia fluvial enquanto alternativa de deslocação nunca estará totalmente aproveitado sem se perguntar ao mercado, uma vez que da forma que está não se sabe que custos podem ser diminuídos, que procura pode aumentar e que novos serviços e com mais qualidade podem surgir”, acrescenta, no mesmo comunicado.

Já em relação ao modelo de exploração dos privados, o CDS salienta que “não tem de ser igual ao das empresas públicas”, acrescentando que caberá às empresas concorrentes “decidir o que melhor responde às tendência de procura e que oportunidades existem de complementar a oferta existente”.

Já em relação aos passes, também reconhece que o operador privado pode aderir, se assim o entender. “Os passes sociais são das pessoas. As empresas privadas não devem ser impedidas de aceder a eles, tal como acontece no transporte rodoviário”.

O CDS não tem dúvidas em relação a esta proposta: “Mais procura implica mais receitas, menos externalidades negativas resultantes de modos mais poluentes e custos associados ao congestionamento e menos necessidade de investimento em outros modos de deslocação. Por outro lado, teremos a criação de mais postos de trabalho”, conclui.