Sindicatos bancários avançam para manifestação e greve

Objetivo, garantem, é repor direitos e regalias dos trabalhadores.

O Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários (SNQTB), o Sindicato dos Bancários do Norte (SBN) e o Sindicato Independente da Banca (SIB) querem avançar para uma manifestação de bancários em Lisboa, junto das sedes dos principais bancos, e para uma greve do setor, anunciaram os sindicatos em comunicado.

Na mesma nota explicam que estão em causa as propostas dos sindicatos para a revisão do ACT, “que as instituições de crédito continuam a recusar, nomeadamente, no que diz respeito à reposição de direitos e regalias retiradas aos bancários”.

O sindicatos garantem que entre 2010 (data da produção de efeitos das tabelas de salários e pensões em vigor) e 2018, os valores da inflação atingiram 13,04%, mas os bancários (com exceção do BCP) apenas tiveram aumentos de 0,75%, em 2016, 2017 e 2018, ou seja, 2,25% no total. Dizem ainda que o valor de perda atinge os 10,79% (valores nominais das tabelas dos salários e pensões vigentes, que são o essencial do objeto das negociações em curso).

“Os sindicatos propuseram às instituições, sem sucesso, que fosse dada prioridade às tabelas salariais e cláusulas de expressão pecuniária, (conforme o previsto no art.º 488º do Código do Trabalho) e exigem aumentos imediatos de 2,2% (descendo do 2,72% propostos antes) para vigorarem desde janeiro de 2019 (no caso do BCP, desde janeiro de 2018)”, lê-se no documento.

“Consideramos que esta posição das instituições de crédito é indigna e ofensiva para os bancários, no ativo e na reforma, e empurra-nos para a decisão da manifestação e da greve. Para além disso, as direções dos sindicatos vão pedir audiências na Assembleia da República, ao Governo e ao Presidente da República”, declara o presidente do SNQTB.