Habitação. Taxa de juro no crédito sobe pelo sétimo mês consecutivo

Dados do INE mostram que as taxas de juro implícitas à habitação aumentaram para 1,081% no mês de junho. A AICCOPN revela que o número de fogos novos licenciados cresceu 19,2% até maio. 

A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação foi, no mês de junho, de 1,081%, divulgou ontem o Instituto Nacional de Estatística (INE). O valor corresponde a um aumento de 0,001 pontos percentuais comparativamente ao mês de maio, registando-se assim o sétimo mês consecutivo de aumentos no que diz respeito às taxas de juro no crédito à habitação.
No que diz respeito ao mês em análise, o capital médio em dívida subiu 135 euros, fixando-se em 52.915 euros. A prestação média vencida subiu um euro para 247 euros. Desde valor, explica o INE, 48 euros (19%) correspondem ao pagamento de juros e 199 euros (81%) estão relacionados com o capital amortizado.
O gabinete de estatística explica ainda que, nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro desceu de 1,394% para 1,267%. Nos contratos celebrados nos últimos três meses, o montante médio do capital em dívida fixou-se em 99.750 euros, um valor que representa menos 768 euros do que no mês de maio.

Licenças para novas habitações sobem O número de fogos novos licenciados, até ao mês de maio, cresceram 19,2% em comparação com igual período do ano passado, fixando-se nos 9.643, revelou ontem a Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN). Ainda, assim, o valor ficou abaixo da subida registada no final do ano passado: 43,1%.
A AICCOPN explica que o novo crédito concedido à habitação atingiu 4.082 milhões de euros desde o início deste ano, um aumento de 7,9% quando comparado a igual período do ano passado. Ainda assim, o montante total de crédito à habitação mantém-se inalterado, garante a AICCOPN, com taxas de variação homólogas consistentemente nulas desde janeiro.
Já no que diz respeito ao crédito concedido às empresas de construção e imobiliário, este continua a registar uma evolução negativa.
Acima do valor homólogo em 2018 está o valor médio da avaliação bancária na habitação que se fixou, em maio, nos 1.265 euros por metro quadrado.
Até ao final do mês de maio foram licenciadas 6.824 obras de construção e reabilitação de edifícios habitacionais através das Câmaras Municipais. Uma variação que a AICCOPN considera positiva, uma vez que representa uma subida de 10,3% em comparação com igual período de 2018. Ainda assim, o número é inferior aos 25,9% registados no final do ano passado.

Destaque para a região centro A AICCOPN explica que o número de fogos licenciados na região centro em construções novas, de maio de 2018 a maio de 2019, totalizou 4.680, o que representa um aumento de 24,7% face aos 3.754 alojamentos licenciados em período homólogo. No que diz respeito aos valores de avaliação bancária na habitação nesta região do país, foi verificada, em maio deste ano, uma variação homóloga de 8% para 1.037 euros por metro quadrado.

Consumo de cimento Nos primeiros cinco meses deste ano, revela a AICCOPN, o consumo de cimento no mercado nacional atingiu as 1,3 milhões de toneladas, um valor 18,9% superior a igual período do ano passado. Este é o valor mais elevado dos últimos sete meses nesta atividade.