Tesoureira da Faculdade de Medicina Dentária do Porto furtava dinheiro de propinas e consultas

No total, a arguida furtou 142 mil euros

Uma mulher, que exercia as funções de tesoureira na tesouraria da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto, foi acusada dos crimes de peculato, falsidade informática e simulação de crime. De acordo com uma nota publicada no site oficial da Procuradoria-Geral Distrital do Porto (PGDP), entre outubro e dezembro de 2014, apropriou-se da quantia de 66 mil e 610 euros relativos a propinas, taxas, inscrições e consultas realizadas na clínica da instituição.

Ficou também provado em tribunal que, entre janeiro e abril de 2015, a funcionária furtou 76 mil e 222 euros referentes a consultas, tendo procedido à devolução, através de depósitos bancários, de 66 mil e 610 euros, a mesma quantida de que se tinha apropriado no ano anterior.

“O tribunal deu ainda como provado que a arguida, para camuflar a sua atuação de apropriação, inseriu nos programas informáticos de registo dados que não correspondiam à verdade” pode ler-se na plataforma da PGDP, sendo que também assinalou informaticamente a receção dos depósitos bancários. Para não ser responsabilizada pelos atos, simulou um assalto, reportando às autoridades que tinha sido roubada uma pasta azul, da sua secretária, que continha o valor de 77 mil e 432 euros.

A antiga tesoureira foi condenada a uma pena de prisão efetiva de 5 anos e 4 meses, por acórdão datado de 11 de julho.