Três helicópteros Kamov já têm autorização para operar no combate aos incêndios

As aeronaves estavam paradas há mais de um ano para manutenção

Três helicópteros Kamov já têm autorização para operar no combate aos incêndios

O deputado Duarte Marques, do PSD, denunciou no domingo, na SIC Notícias, que três helicópteros Kamov e três ligeiros Ecureuil B3 estão parados num heliporto no norte do país. De acordo com o social-democrata, esta situação deve-se à "má gestão" governamental e a situação é "uma vergonha". Segundo Marques, se os mesmos estivessem em circulação, a situação teria sido diferente naquilo que concerne os incêndios do distrito de Castelo Branco.

O social-democrata adiantou ainda à estação de Paço de Arcos que um dos helicópteros devia estar a funcionar, desde 1 de julho, em Ferreira do Zêzere. Para Marques, os Kamov são "as joias da coroa" do combate aos incêndios, acrescentando que os meios aéreos não estavam em circulação "por falta de certificado de voo".

Recorde-se que, no início do passado mês de janeiro, o jornal Público avançou que os seis helicópteros – comprados em 2006 e que não estavam a ser usados pela Autoridade Nacional de Proteção Civil nem pelo Instituto nacional de Emergência Médica – estavam sem luz verde para operar devido a "questões jurídicas e indefinições contratuais".

Porém, na tarde desta segunda-feira, a SIC adiantou que a confirmação de autorização de voo foi dada pela Agência Nacional de Aviação Civil que explicou ao canal que a autorização ainda não tinha sido emitida por "falta de documentos".

É de referir que, dos seis helicópteros Kamov que o Estado detém, um deles sofreu um acidente grave em 2012 e dois tiveram avarias em 2015 e em 2016 – sendo que a reparação teria custos demasiado elevados – e os três restantes não voavam desde os incêndios de há dois anos e do ano passado por terem atingido "o prazo de vida considerado aceitável pelo regulador".