Ferido grave dos incêndios está “clinicamente estável”

Ficou decidido que a vítima precisava de helitransporte para Lisboa, mas vários incidentes fizeram com que chegasse a São José após quatro horas. INEM já reagiu à polémica

O único ferido grave dos incêndios que deflagraram no fim de semana, internado no Hospital de São José, encontra-se clinicamente “estável”, disse fonte do Centro Hospitalar de Lisboa Central à agência Lusa.

A vítima, que ficou com queimaduras graves na sequência do fogo no concelho de Vila de Rei, deu entrada no hospital de São José às 3h02 da manhã, após uma operação de transporte marcada por vários incidentes.

No sábado à noite foi decidido que a gravidade dos ferimentos recomendava o recurso ao helicóptero do INEM para Lisboa, pois o transporte terrestre demoraria cerca de duas horas e meia. Mas na verdade, a vítima acabou por chegar ao hospital apenas quatro horas depois, devido a questões relacionadas com o local da aterragem da aeronave para recolher o ferido.

Embora, a escolha de helitransporte se tenha revelado, nesta situação em particular, mais demorada do que se tivesse vindo de ambulância, o INEM garante que “procedimentos foram cumpridos”.

"Iniciou a assistência médica pré-hospitalar ao doente às 22h01m, ou seja, apenas seis minutos após o pedido de ajuda ao CODU”, lê-se no comunicado que o INEM divulgou para esclarecer as falhas no transporte do ferido, o único considerado grave na sequência dos incêndios.

O INEM fez ainda questão de ressalvar que a situação “teve lugar num cenário de incêndio de grandes dimensões, limitando naturalmente as condições de atuação das equipas de emergência médica pré-hospitalar".

O critério do tempo "assume um caráter relativo quando se trata de doentes críticos, cuja estabilização clínica é prioritária e implica um conjunto de procedimentos morosos e delicados, sem os quais o helitransporte não pode ser efetivado. Refira-se que estes doentes têm que ser transportados em condições muito particulares", é referido no mesmo texto.

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