Sapador de férias salva homem de afogamento

Já tinha feito um outro salvamento há dois anos

Um graduado da Companhia de Bombeiros Sapadores de Braga, no espaço de dois anos, salvou dois homens de morrerem afogados, ambos no Rio Cávado, tendo o segundo caso ocorrido esta segunda-feira de tarde, em Palmeira, nos arredores norte da cidade de Braga.

A proeza coube a João Paulo Sá, com 48 anos de idade, casado, natural e residente em Braga, subchefe de 2.ª classe dos Bombeiros Sapadores de Braga, que está de férias, mas uma vez mais arriscou a vida, cumprindo assim o seu juramento solene de “vida por vida”.

Residente na freguesia de Palmeira, em Braga, João Paulo Sá estava a acabar de chegar à Praia Fluvial do Parque de Lazer da Ponte do Bico, na margem esquerda do Rio Cávado, onde curiosamente tinha sido inaugurada já nesse mesmo dia uma outra valência balnear.

Segundo contou ao Sol aquele operacional dos bombeiros sapadores bracarenses, “após chegar de férias e como ainda tinha mais uns dias para gozar, vim com a minha esposa ao Rio Cávado passar umas horas, isto longe de imaginar o que iria acontecer logo a seguir”.

Inicialmente, o nosso herói, depois de estender a toalha, como habitualmente, foi molhar os pés, quando viu um jovem a ir acima e a abaixo, mas como ele estava virado para outros senhores, dentro da água, até pensei que fosse uma brincadeira, como às vezes acontece”.

Foi a sua mulher, Sandra Rocha, assistente administrativa no Hospital Central de Braga, quem alertou João Paulo Sá para a iminência de uma tragédia, pelo que “ao ouvir a Sandra dizer que ele já estava a afogar-se, então atirei-me à água e segurei-o à tona, até que logo chegou o nadador salvador, quando a situação estava controlada, com ele livre de perigo”.

João Paulo Sá já tinha salvo um homem, também de afogamento, naquela mesma zona, o que o leva a recomendar “cuidados especiais” com aquela área do Rio Cávado, que afirma “ser ‘matreira’, pois tem uma parte mais baixinha, mas depois começa subitamente em descida e as pessoas muitas vezes não se apercebem sequer que a corrente é ao contrário”.