BE quer ver esclarecida “confusão dos kits antifogo”

Catarina Martins diz que “tudo o que foi dito foi bastante confuso e difícil de compreender”

Catarina Martins realçou este sábado, à margem de uma visita ao Festival Mimo, em Amarante, esperar que o inquérito anunciado pelo Governo à contratação de material de sensibilização para incêndios ajude a população em geral a perceber o que apelidou de "confusão do caso".

"Precisamos que as populações tenham as maiores das confianças em tudo o que é feito para a sua segurança na questão dos incêndios", salientou a coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), na sequência do anúncio feito horas antes pelo ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, a dar conta da abertura de um inquérito urgente sobre contratação de material de sensibilização para incêndios, depois da notícia do "JN" sobre as golas antifumo com material inflamável distribuídas no âmbito do programa "Aldeia Segura – Pessoas Seguras".

"Tudo o que foi dito neste caso foi bastante confuso e é difícil de compreender. Nestas questões [de proteção civil] todo o cuidado é pouco. É preciso ganhar sempre a confiança das populações para todos os mecanismos de proteção", frisou, apelando ainda a que se mantenham as negociações entre os sindicatos dos motoristas de transporte de mercadorias perigosas para que seja possível evitar a greve". Catarina Martins garantiu compreender as razões dos motoristas, "porque fizeram um acordo com a sua entidade patronal para uma valorização salarial que aparentemente esta agora não quer cumprir", mas recordou a necessidade de serem acautelados os serviços mínimos, aplaudindo a posição dos sindicatos, que garantiram cumprir os serviços mínimos se a greve vier mesmo a acontecer.