Bebé que morreu no Amadora-Sintra tinha graves problemas pulmonares e neurológicos

O recém-nascido sobreviveu três horas

No passado dia 3 de agosto, foi realizado um parto, no Hospital Amadora-Sintra, após a grávida em questão ter sido transferida de Portimão para Faro e, posteriormente, para Lisboa. Sabe-se que o motivo foi a falta de incubadoras no Algarve, na medida em que a criança nasceria de forma prematura pois a mulher encontrava-se com 32 semanas de gestação. No entanto, sabe-se agora que o bebé sobreviveu somente três horas pois tinha problemas graves aos níveis pulmonar e neurológico. A notícia foi avançada pela TVI que divulgou igualmente que "a equipa médica administrou um fármaco para amadurecer os pulmões do feto, numa tentativa de melhorar a possibilidade de sobrevivência à nascença".

Contudo, o bebé nasceu em asfixia e perdeu a vida. Num comunicado enviado ao canal de Queluz de Baixo, o Hospital Amadora-Sintra esclareceu que "face às notícias que têm vindo a público, e não obstante a averiguação sumária realizada ter revelado que a utente grávida transferida foi prontamente assistida (…) o Conselho de Administração decidiu abrir um inquérito interno para averiguar os factos relativos a este caso". Uma fonte da mesma unidade de saúde adiantou ao jornal PÚBLICO que "a mãe chegou às 22 horas do dia 2 de Agosto, transferida do hospital de Faro, tendo a cesariana sido realizada à 09H00 do dia 3", acrescentando que se criaram "condições para que o bebé pudesse nascer com vida".

Recorde-se que a asfixia foi provocada pelo descolamento da placenta e, para além desta situação, o desenvolvimento dos pulmões da criança não correspondia aos padrões normais. Sublinhe-se que o caso está a ser analisado pela Entidade Reguladora da Saúde, pelos hospitais de Faro e Amadora-Sintra e pelo Ministério Público. Naquilo que diz respeito ao governo, o Bloco de Esquerda "pediu explicações ao Governo relativamente à morte do recém-nascido filho da grávida transferida do Algarve para o hospital Amadora-Sintra, e pediu acesso às conclusões dos inquéritos às circunstâncias em que aconteceu" tal como foi noticiado pela agência Lusa.