André Ventura garante que não convidou Pardal Henriques para integrar as listas do Chega

Porta-voz dos motoristas não coloca de lado entrar no combate político, mas pelo PDR

André Ventura garante que não convidou Pardal Henriques para integrar as listas do Chega nas próximas eleições legislativas. “Não foi feito, por parte do presidente ou da direção do Chega, nenhum convite ao dr. Pardal Henriques para integrar as listas do Chega às eleições legislativas”, garantiu ao i André Ventura.

Pardal Henriques ganhou visibilidade com a greve dos motoristas e não tem colocado de lado a hipótese de se candidatar a deputado nas próximas eleições legislativas. A possibilidade mais forte é, porém, integrar as listas do PDR, liderado por Marinho e Pinto. O advogado e porta-voz do Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas disse à revista Visão que ainda não aceitou nada, mas admitiu que se identifica com o ex-bastonário da Ordem dos Advogados. “Depois de falar com ele, conversarei com a minha família e tomarei a minha decisão”, disse Pardal Henriques, admitindo que “também” foi desafiado pelo Chega.

Já André Ventura garante que não convidou o advogado que representa os motoristas, mas elogiou uma greve que tem o “mérito de evidenciar que tudo o que não é controlado pela CGTP ou a UGT, para a esquerda, é para dizimar e reprimir brutalmente. Esta greve é a prova de que a ditadura de esquerda está instalada no país”. Ventura diz ainda que não aceita “a humilhação a que o Governo tem sistematicamente vetado os motoristas e outras classes profissionais”.

O semanário SOL noticiou, no início deste mês, que Pedro Pardal Henriques foi convidado por Marinho e Pinto para liderar a lista do PDR em Lisboa. Ao SOL, o porta-voz do sindicato dos motoristas disse apenas, nessa altura, que não podia confirmar nem desmentir essa possibilidade.

O ex-bastonário da Ordem dos Advogados foi a surpresa das eleições europeias há cinco anos. Liderou a lista do MPT e conseguiu eleger dois eurodeputados com mais de 230 mil votos. Depois de entrar em rutura com o partido pelo qual foi eleito fundou o PDR, mas não voltou a ter sucesso. Nas últimas eleições europeias, Marinho e Pinto conseguiu apenas 15 mil votos.