Ryanair afasta “perturbações significativas” por causa da greve

Paralisação arranca amanhã e vai prolongar-se até ao dia 25. Companhia admite “alguns atrasos”. 

A Ryanair não espera “perturbações significativas” por causa da greve convocada pelo Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) que arranca amanhã e prolonga-se até 25 de agosto. Ainda assim, a companhia aérea não “descartar alguns atrasos” ou mudanças nos voos. “Faremos tudo o que pudermos para minimizar as perturbações causadas aos nosso clientes e às suas famílias”, garantiu a transportadora irlandesa à Lusa.

No entanto, lembra que os passageiros que não receberam um email ou uma mensagem “podem esperar que os seus voos para e de Portugal se realizem normalmente esta semana” e mostrou-se disponível para  trabalhar com o SNPVAC para chegar a um acordo” e apela para “que regressam às negociações o mais cedo possível”.

Recorde-se que, esta segunda-feira o Governo decretou serviços mínimos a cumprir durante a greve, que abrangem não só os Açores e Madeira, mas também as cidades europeias de Berlim, Colónia, Londres e Paris. Num despacho, com data de 16 de agosto,  ficou estabelecido que nos dias em que foi convocada a paralisação pelo sindicato, os trabalhadores ficam obrigados a prestar serviço em vários voos.

Os serviços mínimos incluem um voo diário de ida e volta entre Lisboa e Paris; entre Lisboa e Berlim; entre Porto e Colónia; entre Lisboa e Londres; entre Lisboa e Ponta Delgada, bem como uma ligação de ida e volta entre Lisboa e a Ilha Terceira (Lajes), nos dias 21, 23 e 25 de agosto. Uma medida que não agradou o sindicato ao considerar que “repudia veementemente mais uma tentativa do Governo em aniquilar o direito à greve dos portugueses e, em particular, dos tripulantes da Ryanair”, garantindo que não aceita “que se defenda os interesses económicos de uma empresa privada e estrangeira em detrimento dos direitos de trabalhadores portugueses”.