Produções agrícolas deverão ser as melhores em décadas

Vinha, tomate e batata deverão aumentar produtividade em 10%. Já a produção de cereais deverá cair. 

As previsões agrícolas são animadoras face à campanha anterior. Os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), apontam para um aumento da produtividade na maioria dos frutos frescos e nas vinhas para vinho. “Na maçã e no pêssego, a floração e o vingamento dos frutos decorreram em condições bastante favoráveis, prevendo-se rendimentos unitários ao nível dos mais elevados das últimas décadas”, acrescentando que, “na amêndoa, a entrada em produção das novas plantações também fez aumentar significativamente a produtividade, situação que, provavelmente, deverá repetir-se ao longo das próximas campanhas”.

Em relação à vinha a expectativa é que se assista a um aumento na ordem dos 10% face à vindima de 2018. Também a colheita de tomate para a indústria (que começou na última semana de julho) indica um aumento de produtividade de 10%, “com os frutos a apresentarem boa coloração vermelha, valorizada pela indústria. No caso da batata de regadio, a variação positiva esperada é também de 10%, enquanto no girassol será de 5%.

As colheitas estão a receber uma ajuda da meteorologia. Julho foi um mês seco, com um valor médio da precipitação de 5,9 mm, cerca de 43% da normal, enquanto a temperatura do ar foi normal e houve bastante vento. “Estas condições meteorológicas permitiram a realização dos trabalhos agrícolas, quer manuais quer mecanizados, e favoreceram, duma forma geral, o desenvolvimento das culturas instaladas”, diz o INE.

Por outro lado, as notícias quanto aos cereais são bem diferentes. “Quanto aos cereais de outono/inverno, cuja colheita está maioritariamente concluída, a produção deverá ficar abaixo das 200 mil toneladas (-11% que em 2018)”, acrescenta o INE.