CGD no Brasil. Governo aprova seleção de investidores à compra de banco

A venda das operações da CGD em Espanha, África do Sul e Brasil foram acordadas com a Comissão Europeia, no âmbito da recapitalização do banco público.

O Governo aprovou em Conselho de Ministros (CM) uma resolução que seleciona os potenciais investidores que serão convidados a apresentar proposta vinculativa pelo Banco Caixa Geral – Brasil, detido pela Caixa Geral de Depósitos (CGD).

O Executivo revelou ainda que “os investidores selecionados serão convidados a desenvolver diligências informativas e a proceder à apresentação de propostas vinculativas de aquisição das ações”, sem detalhar quais e quantos são esses investidores, .

“Conclui-se, assim, outro passo estratégico para a execução do calendário dos compromissos subjacentes à recapitalização da Caixa Geral de Depósitos pelo Estado”, de acordo com o executivo, revelou em comunicado.

Recorde-se que, no dia 1 de agosto, o Governo tinha aprovado o caderno de encargos da venda da instituição.

“Depois de terem sido recolhidas as intenções dos potenciais interessados na operação, o Governo aprova e dá a conhecer as condições específicas a que deve obedecer a venda direta”, lê-se no comunicado divulgado nessa altura depois do CM.

O Governo disse ainda que com a aprovação do caderno de encargos da venda do Banco Caixa Geral – Brasil é concluído “mais um importante passo no sentido da execução dos compromissos assumidos no âmbito do plano estratégico da CGD, subjacente ao plano de recapitalização garantido pelo Estado”.

Alguns dias antes, o presidente executivo da CGD disse que o banco estava a fazer a análise das ofertas não vinculativas que lhe chegaram para a operação do Brasil.

Paulo Macedo não indicou, contudo, o número de entidades que fizeram ofertas não firmes, mas disse que o facto de haver várias ofertas pode levar a "tensão competitiva" na fase de ofertas vinculativas, beneficiando o preço.

A venda das operações da CGD em Espanha, África do Sul e Brasil foram acordadas com a Comissão Europeia, no âmbito da recapitalização do banco público.

No ano passado, foi decidido vender o banco de Espanha ao Abanca (que comprou em Portugal a operação do Deutsche Bank) e o Mercantile Bank ao fundo de investimento Capitec Bank Limited, numa mais-valia total estimada em 200 milhões de euros.