Homicida de Braga não tinha historial de violência mas ficou “desequilibrado” após acidente com trator

 Filha do casal, grávida de 31 semanas, estava em casa no momento em que o pai matou a mãe

O homem que na noite desta sexta-feira assassinou a mulher, com três tiros de caçadeira, em Braga, está desde o princípio da tarde de hoje a ser interrogado pelo juiz de instrução criminal em turno, no Palácio da Justiça de Barcelos, para aplicar as medidas de coação.

Manuel Lopes, de 59 anos, pedreiro, que é conhecido por “Guerras”, sem antecedentes criminais, está indiciado por um crime de homicídio qualificado e sujeito a uma moldura penal entre 12 e 25 anos de prisão, por ter morto a mulher, Maria Clara Magalhães, de 54 anos, à queima-roupa, com três tiros de uma espingarda caçadeira semiautomática, dentro da residência, na Rua de Bugide, da freguesia de Pedralva, arredores da cidade de Braga.

No seio familiar e entre a sua vizinhança, em Pedralva, não eram conhecidas situações de violência doméstica envolvendo o casal, embora nas últimas semanas o suspeito viesse a apresentar sintomas de algum desequilíbrio, desde que sofreu um acidente com o trator, a descer a Variante da Vela, em Braga, há cerca de dois meses, tendo sido internado no Hospital Central de Braga, após o que regressara há poucos dias a casa, continuando a usar muletas tipo canadianas, como quando cometeu o crime, estando na mesma casa a filha do casal, grávida há 31 semanas, que foi assistida por uma equipa de psicólogos do INEM, enquanto o cadáver seria transportado para o Gabinete Médico-Legal e Forense do Cávado, em Braga, pelos Bombeiros Sapadores de Braga, a fim de ser autopsiado na próxima segunda-feira para esclarecer melhor os pormenores e as causas deste assassínio.

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