Aviação. Sindicato lamenta atuação do Governo durante greve

Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) diz que Governo não atuou “perante todas as ilegalidades cometidas” pela Ryanair.

O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) lamentou o que considera ser a “(não) atuação do Governo de Portugal perante todas as ilegalidades cometidas pela companhia aérea irlandesa”, referindo-se aos cinco dias de greve na Ryanair.

Em comunicado, o sindicato considera ser “humilhante” o facto de “ver a secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, deslocar-se a Dublin no passado dia 21 de agosto, em plena greve dos Tripulantes da Ryanair, para ir “vender” destinos do nosso país ao desbarato a uma empresa que atropela a Constituição da República Portuguesa”.

Ainda assim, o SNPVAC garante orgulhar-se da luta que os associados travaram durante os cinco dias de greve, que hoje terminou. Mas as criticas continuam: “Demonstraram o que é ser português, ao contrário de um Governo e de um Presidente que optaram por olhar para o lado”. Críticas que se estendem também ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. “Não compreendemos a ausência do Presidente da República Portuguesa, o Dr. Marcelo Rebelo de Sousa, que, como garante da Constituição e da democracia, deveria ter tido, no mínimo, uma palavra de apoio aos tripulantes da Ryanair”, lê-se na nota, acusando mesmo Marcelo Rebelo de Sousa de preferir “continuar de férias enquanto o país estava a perder soberania”.

No comunicado, o SNPVAC faz ainda um agradecimento à atuação da ACT, “que só não produziu efeitos imediatos porque não têm meios ou alguém não lhes possibilitou meios para mais”.

Apesar das críticas, o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil garante que vai “continuar a lutar contra as ilegalidades perpetuadas pela Ryanair com o beneplácito do Governo de Portugal, aquele que deveria defender os portugueses acima de tudo e de todos”.

 

Greve sem problemas em Portugal A Ryanair informou este domingo que todos os voos que tinham Portugal como origem ou destino não sofreram alterações e tiveram 96% de pontualidade, apesar da greve levada a cabo pelos tripulantes.

A companhia avançou ainda que também no sábado foram completados todos os 198 voos programados. Isto, garante a companhia aérea, “graças ao excelente trabalho” dos pilotos e tripulação portugueses.