Banco Empresas Montepio com 3 novos administradores executivos

Joana Carvalho, Nuno Mota Pinto e Pedro Ventaneira já receberam luz verde por parte do BdP. 

Joana Carvalho, Nuno Mota Pinto e Pedro Ventaneira já assumiram as funções de administradores executivos do Banco Empresas Montepio (BEM), depois dos nomes ter sido na sequência da autorização concedida pelo Banco de Portugal em 9 de agosto. O nome de Joana Carvalho já tinha sido avançado pelo SOL, em fevereiro e, na altura, ao que o SOL apurou, esta escolha teria causado alguma tensão interna porque até à data não tinha sido feito qualquer convite interno. 

 “Com a aprovação pelo Banco de Portugal dos nomes propostos para o conselho de administração do banco BEM, este órgão passa a contar com cinco administradores executivos: Carlos Leiria Pinto, Joana Carvalho, José Carlos Mateus, Nuno Mota Pinto e Pedro Ventaneira, cabendo a presidência não executiva a Carlos Tavares”, revela em comunicado. 

Recorde-se que, os estatutos do Banco de Empresas Montepio permite ter 12 administradores

De acordo com o comunicado, “os administradores executivos agora nomeados, em conjunto com os administradores já em funções, formam uma equipa com vasta experiência no sistema financeiro e competências que correspondem à proposta inovadora do banco: uma oferta combinada de serviços de banca comercial e banca de investimento, contemplando de forma integrada todas as necessidades financeiras das empresas”, acrescentando que “permite ainda assegurar a estreita articulação e a coerência com a atividade do Banco Montepio, particularmente nos domínios da gestão e recuperação de crédito, gestão de risco, gestão financeira e negócio internacional”. 

Na altura do lançamento, o BEM foi apresentado com a ideia de quer iria “ajudar a resolver problemas há muito identificados no nosso tecido empresarial, como os constrangimentos à capitalização e ao acesso a fontes de financiamento alternativas por parte das empresas”. O objetivo seria “suprir falhas do mercado” e responder às necessidades de crescimento do tecido empresarial português, num universo potencial de mais de cinco mil empresas.

O BEM contará com dez espaços empresa – situados em Aveiro, Braga, Leiria, Lisboa e Grande Lisboa, Porto e Grande Porto, Faro e Viseu – e trabalha apenas com quem tenha uma faturação superior a 20 milhões de euros.

O i  sabe que a ambição de Carlos Tavares é abrir o capital do BEM a investidores externos. Atualmente o capital do banco de empresas é de 180 milhões de euros, mas poderá vir a ter de reforçar capital e a Associação Mutualista poderá não ter capacidade de injetar dinheiro. Aliás, essa hipótese de abrir capital a outros investidores chegou a ser referida por Carlos Tavares num encontro de quadros realizado em novembro, em Ílhavo.

Também a Comissão de Trabalhadores já se pronunciou sobre o novo banco de empresas, garantindo que tem acompanhado os colaboradores que pretenderem esclarecer uma possível alteração de funções com vista à sua integração no BEM. “Este acompanhamento foi também efetuado ao nível de elaboração de pareceres sobre os contratos de cedência e pluralidade de empregadores, tendo sido sugeridas pela Comissão de Trabalhadores alterações, algumas delas plasmadas nas versões finais dos contratos apresentados pela Instituição”, diz o comunicado a que o i teve acesso. 

Recorde-se que, o BEM está a utilizar a licença bancária do Finibanco e tem a sua sede nas antigas instalações deste banco, na av. de Berna em Lisboa, tal como o SOL tinha avançado.