Congressista norte-americana revela carta anónima onde é ameaçada de morte

“Não vais voltar a Washington, a tua vida vai acabar antes do fim das tuas ‘férias’. Assim sendo, não vais morrer sozinha, se isso importa. O mais provável é que aconteça na Feira Estadual do Minesota, e é aí que entra a parte do ‘não vai morrer sozinha’, pode-se ler no documento.

A congressista democrata norte-americana Ilhan Omar partilhou com os seguidores, através da sua conta oficial de Twitter, uma carta que recebeu recentemente onde foi ameaçada de morte devido às suas origens. O autor da carta ameaçou a política, nascida na somália, dizendo que a iria tentar matar na Feira Estadual do Minesota e disse-lhe que esta não iria morrer sozinha.

"Não vais voltar a Washington, a tua vida vai acabar antes do fim das tuas 'férias'. Assim sendo, não vais morrer sozinha, se isso importa. O mais provável é que aconteça na Feira Estadual do Minesota, e é aí que entra a parte do 'não vai morrer sozinha'. No entanto, nós temos uma pessoa bastante capaz com uma arma muito grande. Eles dizem que não podemos tirar o mau-cheiro somali do ar limpo do Minnesota, mas nós vamos apreciar a aventura", pode ler-se no documento partilhado por Omar. 

A congressista partilhou a carta anónima para explicar o facto de ter contratado seguranças. "Odeio viver num mundo onde nos temos de proteger dos próprios humanos. Odiei quando era uma criança a viver na guerra e odeio agora", escreveu no Twitter. Omar chegou aos Estados Unidos da América quando tinha 12 anos, como migrante da Somália.

Omar faz parte das quatro congressistas democratas que na opinião de Trump não é patriota. Em julho, o Presidente norte-americano disse que Alexandria Ocasio-Cortez, Ilhan Omar, Rashida Tlaib e Ayanna Pressley deveriam voltar para os seus países que estão "totalmente falidos e infestados pelo crime". Na opinião de Trump, as quatro mulheres democratas não são patriotas, devido às suas crenças.

Ilhan Omar confessou, em entrevista à BBC, que esta não é a primeira ameaça de morte que recebe e sublinha que quando Trump se dirige a esta negativamente é o período em que a congressista recebe mais cartas anónimas com ameaças.