Fim da sobrepesca ajudará a combater alterações climáticas

Conclusões são de um estudo da Universidade da Colúmbia Britânica

De acordo com o relatório “O fim da sobrepesca na UE pode mitigar os impactos das alterações climáticas”, da autoria de Rashid Sumaila e Travis Tai, da Universidade da Colúmbia Britânica, acabar com a sobrepesca ajudará a garantir as “populações de peixes vitais” para o futuro, bem como a combater as alterações climáticas.

No relatório pode ler-se: “Ambos estão a ter impactos severos na saúde dos oceanos e a colocar em risco os ecossistemas marinhos e os bens e serviços que estes fornecem às comunidades. Acabar com a sobrepesca iria aliviar os oceanos da pressão humana, tornando-os mais resistentes aos efeitos da crise climática, além de ajudar a restaurar ecossistemas marinhos criticamente valiosos.”

Este relatório dos dois membros da Universidade da Colúmbia Britânica conclui que existe uma correlação entre a sobrepesca e as alterações climáticas no que toca à pressão exercida sobre os oceanos, os ecossistemas marinhos e a biodiversidade. Segundo a organização Our Fish, estas conclusões oferecem aos membros da União Europeia uma “oportunidade realista de tomar ações imediatas e efetivas contra as alterações climáticas, além de cumprir a sua obrigação legal de finalmente acabar com a sobrepesca.”

Rashid Sumaila, um dos responsáveis pelo estudo, refere que "é  mais provável que uma pessoa saudável sobreviva a uma epidemia do que uma pessoa menos saudável e, devido à sobrepesca, enfraquecemos severamente o sistema imunitário dos oceanos."

Já Rebecca Hubbard, diretora de programas da campanha Our Fish, reforça que acabar com a sobrepesca deve ser uma prioridade de quem toma as decisões políticas. “A meta de acabar com a sobrepesca em 2020 é não só uma obrigação legal da Política Comum das Pescas, como é imperativa para o futuro das pescas europeias e os 250.000 empregos que dependem delas, alem de reforçar o oceano no que toca às alterações climáticas.”