Pedro Nuno Santos admite desistir das Convertidas em Braga

Pedro Nuno Santos, reiterou a garantia que “nada será feito contra a vontade da Câmara Municipal de Braga e dos bracarenses”

O ministro Pedro Nuno Santos admitiu esta quarta-feira desistir da intenção de utilizar o Palácio das Convertidas, em Braga, para criar algumas casas do Plano de Arrendamento Acessível, mas a hipótese de utilizar parte daquele espaço classificado para habitações de iniciativa governamental ainda não foi colocada de parte, estando dependente de estudos técnicos a realizar por especialistas do seu Ministério e com o conhecimento da Câmara de Braga.

Segundo o ministro das Infraestruturas e da Habitação, recebido pelo autarca bracarense, Ricardo Rio afirma ter tomado conhecimento do espaço histórico e diz existir “abertura total para se criar soluções e nunca problemas para se resolver um problema sério, que é a necessidade de habitações em Portugal, com imóveis da administração central e das autarquias locais”.

No final da sua visita ao espaço, em Braga, acompanhado pela secretária de Estado da Habitação, Ana Pinho, o ministro, Pedro Nuno Santos, reiterou a garantia que “nada será feito contra a vontade da Câmara Municipal de Braga e dos bracarenses”, afirmando ser objetivo do Governo “compatibilizar os interesses de preservação do património cultural com as necessidades das pessoas”, referindo-se ao programa para implementar habitações dentro das cidades destinadas à classe média e não só a estratos sociais mais carenciados.

Ricardo Rio aceitou o repto de Pedro Nuno Santos para tentar encontrar no concelho de Braga espaços que possam albergar habitações para o Plano de Arrendamento Acessível, apesar do município bracarense não ter muitos locais disponíveis, como referiu o autarca.

O presidente da Câmara Municipal de Braga, que depois se reuniu com aquele membro do Governo, destacou ainda “a disponibilidade e a lealdade institucional” de Pedro Nuno Santos para esta deslocação a Braga, enaltecendo também “o facto de o Governo não tomar nenhuma decisão contra a posição da Câmara, de outras forças e da comunidade em geral, sendo que o estudo técnico é positivo porque nos dará mais certezas da sua capacidade”.

O Programa de Arrendamento Acessível tem já quase oito mil inscritos na plataforma online e 135 habitações disponíveis, sendo que no total foram fechados 20 contratos só nestes dois primeiros meses da iniciativa, como revelou esta semana à Rádio Renascença a secretária de Estado da Habitação. Ana Pinho, tendo acrescentado que “50 mil pessoas visitaram a plataforma, 7800 tiveram o trabalho de registar oficialmente, temos cerca de 135 alojamentos registados e havendo neste momento mais de 20 contratos submetidos”.