Homem usava filha adotiva como isco para atrair outras crianças e violá-las

Acredita-se que o homem geria um grupo de pedófilos, que utilizavam uma autocaravana para abusar sexualmente das crianças.

Homem usava filha adotiva como isco para atrair outras crianças e violá-las

Andreas V e Mario S. – as leis de privacidade alemãs não permitem que os nomes completos dos criminosos sejam de conhecimento público –  foram condenados a 13 e 12 anos de prisão, respetivamente. Os dois homens são conhecidos em toda a Alemanha por protagonizarem um dos piores casos de abuso sexual infantil dos últimos tempos no país. 

Os dois homens abusaram sexualmente de dezenas de meninas, entre os três e os 14 anos de idade e produziram mais de 450 vídeos de pornografia infantil. Pelo menos, 34 crianças foram violadas pelos agressores, num parque de campismo, em Luegde, na Alemanha, entre 1998 a 2018.

Andreas V morava no parque de campismo com a sua filha adotiva de seis anos que, de acordo com a acusação, este usava como isco para atrair outras crianças.

Acredita-se que o homem geria um grupo de pedófilos, que utilizavam a autocaravana de Andreas para abusar sexualmente das crianças. Os homens gravavam o ato criminoso e partilhavam-no na dark web, com o intuito de conseguir dinheiro com as imagens. Durante a investigação, as autoridades confiscaram dez computadores, nove telefones, mais de 40 discos rígidos e mais de 400 ficheiros contra Andreas e outros dois homens.

Em 2016, Andreas conseguiu adotar uma menina de seis anos, apesar de já ter sido acusado de ter cometido abuso sexual, algo que um dos advogados das vítimas acha "absurdo". Na opinião de Von Roman von Alvensleben, "as autoridades estavam cientes do que estava a acontecer ", citado pela CNN. 

Além de considerar a atitude absurda, Von Roman considera ainda que a falha por parte dos serviços sociais colocou em risco muitas crianças. "A criança foi totalmente usada como isco. As crianças conhecem-se em festas de aniversário; depois os pais sugerem que as crianças brinquem juntos ou que visitem o parque de diversões juntos. O pensamento dos outros pais era 'Vou fazer algo com eles, podemos ir todos à piscina nadar…' Foi o que a mãe da minha cliente fez. Ela não sabia o que estava realmente a acontecer", declara o advogado de defesa.