Javier Tebas: “João Félix é um superjogador”

Presidente da liga espanhola deixou elogios ao jogador do Atlético de Madrid e voltou a garantir que a saída de Cristiano Ronaldo não teve “muito impacto” nas contas do organismo

Javier Tebas, presidente da liga espanhola, considera João Félix "um superjogador". À margem da participação na Soccerex, em Oeiras, o dirigente revelou acreditar que o jovem avançado português já está a corresponder às expetativas depois de ter levado o Atlético de Madrid a desembolsar 126 milhões de euros para garantir a sua contratação.

"É um jogador jovem, custou mais do que a estrela da Premier League [Hazard], mas as três primeiras jornadas mostraram que estamos perante um super jogador. Criou tanta expetativa que é um ativo muito importante", salientou Tebas, considerando ainda que o facto de terem sido os colchoneros, e não o Real Madrid ou o Barcelona, a garantir o seu concurso, mostra maior equilíbrio e vitalidade da liga espanhola.

O dirigente, de resto, voltou a ser questionado pela saída de Cristiano Ronaldo, há um ano, e o seu impacto nos números da liga espanhola. De acordo com Javier Tebas, não terá sido significativo. "Pensava-se que a saída do Ronaldo nos ia afetar mais, mas não nos afetou muito. E ninguém nos disse que pagava menos pelos direitos televisivos só porque já não havia Ronaldo. Mas prefiro a Liga Espanhola com Ronaldo, claro, porque valorizava a competição”, realçou.

Outro dos temas abordados foi a criação de uma Superliga Europeia, um ponto no qual Tebas e Pedro Proença, seu homólogo em Portugal, estão de acordo. "A maioria das federações está contra o projeto. Na última reunião da UEFA, as federações estavam contra o novo formato das competições europeias", revelou, considerando ainda que é "preciso mudar a gestão do futebol europeu": "As ligas têm de ter muito mais peso nas decisões que se tomem a nível europeu. Não basta consultar, tem de haver consenso com as ligas nacionais, caso contrário vamos destruir o futebol europeu, as ligas nacionais e inclusivamente as competições europeias".

"O posicionamento da Liga sempre foi claro nesta matéria: o novo modelo competitivo iria matar as ligas médias e pequenas, onde se inclui a Liga portuguesa. A distribuição das receitas ia aumentar o fosso entre os mais ricos e os mais pobres. Isto cria assimetrias. A posição da Liga foi inequívoca e portanto parece-nos a nós que esse modelo está abandonado", completou Proença.