Irão supeito de vender petróleo à Síria apesar das sanções

Teerão tinha garantido que o petróleo do navio apreendido em Gibraltar não seria vendido na Síria. Mas anunciou a venda dos 2,1 milhões de barris do crude do navio dias depois deste ser visto na costa síria.

Teerão anunciou que o petroleiro Adian Darya-1 vendeu a sua carga de 2,1 milhões de barris de crude, dias após o navio ser visto em imagens de satélite na costa da Síria, segundo avança a BBC. Recorde que o petroleiro – que então dava pelo nome de Grace 1 – foi sido apreendido em julho pelo Reino Unido em Gibraltar, sendo-lhe permitido continuar a sua viagem a 15 de agosto, após o Irão garantir que não iria navegar até à Síria. 

O navio seguiu de Gibraltar em direção ao leste do Mediterrâneo, tendo os Estados Unidos capturar o navio desde então – Washington está numa amarga disputa diplomática com o Irão. Foi emitido um mandato contra o navio, e o departamento de Estado norte-americano confirmou que até terá usado o expediente enviar um email para o capitão do navio, o indiano Akhilesh Kumar, oferecendo-lhe um milhões de dólares. Kumar rejeitou aquilo que o ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão, Javad Zarif, chamou de “chantagem”.

O Reino Unido suspeitava que o petroleiro iraniano se destinaria ao Governo sírio de Bashar al Assad, que tem com um dos principais aliados o Irão. Assad é alvo de estritas sanções da parte do Governo britânico, que o  acusam de crimes de guerra contra civis durante a guerra da Síria.