Grupo de jovens é investigado por agredir dois seguranças

Sindicato dos Técnicos da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) alerta para a necessidade de “reforço urgente no número de trabalhadores”.

Seis jovens agrediram, esta quarta-feira à noite, dois seguranças no Centro Educativo de Santo António, no Porto. A agressão ocorreu à noite, quando chegou a hora do recolher e um dos jovens se recusou a ir para o quarto. A técnica de reinserção social terá alertado um dos seguranças e o jovem “tentou agredi-lo”, segundo a DGRSP. À confusão, juntaram-se mais cinco jovens e um outro segurança.

O presidente do Sindicato dos Técnicos da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (SinDGRSP), que denunciou a situação, afirma que a dupla de seguranças terá sido agredida “ao soco, pontapé e com pés arrancados de cadeiras ou mesas”.

No centro educativo estão cerca de vinte rapazes que cometeram atos tipificados como crime – uns em regime fechado e outros em semiaberto – e Mário Barro de Melo faz questão de lembrar que “não são crianças".

A DGRSP confirmou que os dois profissionais receberam assistência hospitalar, tendo as agressões resultado em um "hematoma num dos seguranças e uma escoriação no outro”, acrescentado ainda que o conflito durou cerca de 10 minutos.

O Serviço de Auditoria e Inspeção (Norte) da DGRSP foi contactado de forma a abrir um inquérito, após os jovens terem sido levados “sem qualquer outro incidente, para as suas acomodações individuais”, afirmou Mário Barroco de Melo.

No início de agosto estavam internados nos centros educativos, espalhados pelo país, 142 jovens, dos quais 90% são rapazes.