Dona do Minipreço com prejuízos de 418 milhões de euros

Dados relativos ao primeiro semestre

O grupo espanhol DIA terminou o primeiro semestre com prejuízos de 418 milhões de euros.

Em comunicado, a dona do Minipreço explica que este resultado se deve a vários fatores, nomeadamente “o despedimento coletivo em Espanha e outras medidas na estrutura do Brasil para melhorar a produtividade; Os níveis muito elevados de falta de stock nas lojas do Grupo durante todo este período; O encerramento de 663 lojas deficitárias com uma contribuição negativa permanente; A passagem de 222 lojas franquiadas a próprias com o objetivo de melhorar e reforçar a rede de franquia; Um plano de otimização do sortido comercial para a redução significativa do número de referências para eliminar a complexidade e melhorar as operações; A interrupção de atividades não estratégicas para reduzir a complexidade e melhorar a eficiência; E ainda o reconhecimento de provisões, perdas ou baixas contabilísticas de contas por cobrar, riscos e passivos que tinhas de ser aprovisionados”.

“Relativamente à evolução do negócio a partir do segundo semestre, com a chegada da nova administração e da injeção de liquidez em junho, a prioridade imediata foi normalizar a relação com os fornecedores, eliminar as faltas de stock e abastecer completamente as lojas e armazéns, com o objetivo de prestar um serviço completo aos clientes e regressar à normalidade o mais rapidamente possível. O efeito positivo desta normalização já é visível em julho e agosto, já que neste período as vendas comparáveis mostram uma recuperação gradual e significativa face aos mínimos históricos registados em junho (-15,5%)”, refere a empresa em comunicado.

“O Grupo conta agora com um cash-flow estável e um sólido fundo de manobra que, juntamente com uma clara estrutura de capital, liquidez e uma reputada equipa de gestão, está capacitado para reforçar o seu balanço financeiro. A este respeito, os maiores impactos no EBITDA Ajustado, que somam 88,8 milhões de euros, referem-se aos esforços de liquidação de existências e às amortizações de contas por cobrar. O resultado imediato destas ações é um balanço mais forte e saudável”, acrescenta.