TAP regista perdas de 119,7 milhões de euros

A quebra de receitas do Brasil de 43,1 milhões de euros e o aumento dos custos com pessoal de 35,3 milhões de euros ditaram este agravamento.

A companhia aérea registou perdas de 119,7  milhões de euros no primeiro semestre de 2019, valor que compara com  os prejuízos de 118 milhões registados em igual período do ano passado.

A quebra de receitas do Brasil de 43,1 milhões de euros e o aumento dos custos com pessoal de 35,3 milhões de euros ditaram este agravamento. De acordo com a TAP, são "o resultado das novas contratações e das revisões salariais negociadas em 2018. Note-se que o resultado líquido do primeiro trimestre de 2019 foi de EUR -110,7 milhões, tendo melhorado para EUR -9 milhões no segundo trimestre (que compara com EUR-26,4 milhões no período homólogo), verificando-se a tendência de recuperação", diz em comunicado.

No entanto, a empresa refere que "atingiu um novo recorde no número de passageiros, tendo transportado 7,9 milhões de clientes nos primeiros seis meses, um crescimento de 4,8% face ao período homólogo".

"De realçar que nos meses de Julho e Agosto de 2019 foi registado um crescimento de 11,5% face ao período homólogo do ano anterior, consolidando uma trajetória de recuperação iniciada no segundo trimestre. O investimento na expansão e renovação da frota prosseguiu com a entrada de 15 aeronaves de última geração (NEO) e a saída de cinco aeronaves antigas. Com isso, a frota da TAP totalizou 106 aviões no fim do semestre", salienta.

A TAP garante também que as novas aeronaves possibilitaram à TAP expandir-se para oito novos mercados durante o primeiro semestre, com destaque para o início das operações no Médio Oriente (rota de Telavive) e o reforço do investimento nos EUA, com a contribuição de novas rotas abertas em junho (São Francisco, Chicago e Washington). "Tal investimento possibilitou à TAP obter importantes ganhos de eficiência no semestre, sendo a única companhia aérea europeia de bandeira comparável2 a reduzir os seus custos operacionais unitários em 8,8% face ao período homólogo, aumentando assim a sua vantagem de custos em relação a essas empresas".

A redução de custos operacionais foi ainda beneficiada por uma bem sucedida política de proteção (hedging) dos preços de combustível. Os referidos ganhos de eficiência influenciaram positivamente o EBITDAR3 que registou um crescimento de 19,5% face ao primeiro semestre do ano anterior. Concluiu-se ainda no primeiro semestre, com sucesso, o turnaround da ME Brasil, tendo a subsidiária registado um EBITDAR3 positivo de 3 milhões de euros.