MotoGP. Mais três pontos e dois lugares ganhos: domingo feliz para Miguel Oliveira

O piloto português terminou o Grande Prémio de Aragão no 13.º lugar, sagrando-se novamente o melhor da KTM, e subiu para 16.º na geral.

Miguel Oliveira deu ontem um safanão na minicrise que vinha a viver nas últimas rondas no Mundial de MotoGP. Depois da desistência na Grã-Bretanha e da queda que condicionou a corrida em São Marino, o piloto português voltou a destacar-se em Aragão: partiu do 16.o lugar da grelha, chegou a estar em décimo e acabou no 13.o posto, somando assim mais três pontos (conta agora 29) e subindo duas posições – ocupa agora o 16.o lugar do campeonato, empatado com o italiano Francesco Bagnaia, da Ducati.

O traçado era agridoce para o jovem luso: já ali celebrou um triunfo, em 2015, ano em que se sagrou vice-campeão mundial de Moto3, mas também já ali tinha desistido (logo no ano seguinte, na estreia em Moto2). Desta feita, o piloto de Almada acabou com razões para sorrir – embora tenha confessado, após a prova, acreditar que podia ter feito ainda melhor. “Foi uma boa corrida hoje, tivemos uma boa luta com pilotos fortes, o que me deixa feliz. Foi difícil ultrapassar, especialmente nas últimas voltas, mas eu estava naquele grupo, a lutar. Penso que tínhamos o potencial para fazer um pouco mais hoje mas, ao mesmo tempo, foi bom acabar a corrida desta maneira depois de não pontuar nas duas últimas rondas, por isso sinto-me mais calmo e relaxado para abordar os próximos desafios”, disse Miguel Oliveira à sua assessoria de imprensa.

O piloto português da KTM travou duelos intensos com Danilo Petrucci, Andrea Iannone e Takaaki Nakagami, para gáudio dos quase 60 mil espetadores que lotaram o Grande Prémio. No final, e apesar da sensação de que poderia ter conseguido ainda melhor, Miguel Oliveira voltou a ser o melhor de todos os pilotos KTM.

 

Hexa à vista para Márquez No que respeita à liderança da prova, nada de novo: Marc Márquez, que cumpria em Alcañiz o 200.o Grande Prémio da carreira, voltou a superiorizar-se a toda a concorrência, conquistando a oitava vitória da temporada e 78.a da carreira. O piloto espanhol da Honda, pentacampeão em título, chegou assim aos 300 pontos, alargando a vantagem para 98 sobre o italiano Andrea Dovizioso (Ducati), que foi segundo em Aragão, e ficando com a possibilidade de poder revalidar o título já na 15.a prova da temporada: o Grande Prémio da Tailândia, que se disputará a 6 de outubro.

Este, refira-se, será apenas o segundo ano em que o traçado de Buriram faz parte do calendário do motociclismo mundial. Em 2018, na estreia do circuito tailandês, Miguel Oliveira terminou no terceiro posto, ainda na Moto2; curiosamente, o vencedor dessa etapa foi Francesco Bagnaia, precisamente o piloto que agora partilha a 16.a posição com o jovem português – e que viria a vencer o campeonato, com Oliveira a terminar no segundo posto.