Partidos saem à rua no primeiro dia de campanha oficial

António Costa participou numa ação de campanha durante duas horas e avisou que vai ser menos participativo do que em 2015 porque tem o país para governar.

No mesmo dia em que os madeirenses foram convocados para irem à urnas, as caravanas dos seis partidos com assento parlamentar saíram à rua no primeiro dia oficial da campanha para as legislativas.

Tanto o PSD como o PS escolheram, ontem, o norte para dar o pontapé de saída na campanha. O CDS andou pela região da Guarda. E o PCP e o Bloco de Esquerda marcaram iniciativas no sul do país.

António Costa – acompanhado pelo ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, e pela ministra da Modernização Administrativa, Mariana Vieira da Silva – foi ontem de comboio de Oliveira de Azeméis a Espinho, onde passeou pela marginal. E, logo no primeiro dia de campanha, António Costa aproveitou para dizer que irá ser menos ativo e menos participativo nas iniciativas. O secretário-geral do PS lembra que, ao contrário do que aconteceu em 2015, agora é primeiro-ministro e tem de continuar a “governar o país”. Por isso, Costa – que participou nesta primeira ação oficial de campanha durante duas horas – diz que os “momentos mais intensos” da campanha vão acontecer durante os fins de semana.

Um pouco mais a norte, no Porto, Rui Rio começou o dia a fazer um passeio de bicicleta pelas ruas da Invicta para assinalar o Dia Europeu Sem Carros. No final da iniciativa, Rui Rio aproveitou para dizer que considera “indiferentes” os resultados das sondagens que apontam para uma subida de três pontos percentuais para o PSD. O presidente do partido preferiu comentar a “distância do PS relativamente ao BE”. Para Rui Rio, este distanciamento “dá jeito para as eleições”, considerando ser uma estratégia dos dois partidos para “limpar” algumas decisões que foram tomadas durante a legislatura.

Na Guarda, a presidente do CDS visitou a Feira Farta, onde se reuniram 420 produtores e agricultores. Durante a ação de campanha, Assunção Cristas voltou a defender benefícios fiscais para os empresários e residentes das zonas do interior do país. A líder centrista quer ainda “descontos nas portagens” para quem viva ou trabalhe naquelas regiões.

O Bloco de Esquerda organizou um almoço com apoiantes da cultura, em Queluz, onde a coordenadora do partido, Catarina Martins, reforçou que vai fazer uma campanha “sem provocações”, com “respeito pelas pessoas”.

Já a CDU arrancou a campanha com uma visita ao Museu do Aljube – Resistência e Liberdade, em Lisboa. Aqui, Jerónimo de Sousa frisou que vai fazer uma campanha “pela positiva” e que tem como meta o “reforço da CDU” para evitar uma maioria absoluta do PS, que iria trazer “recuos”.

Além do primeiro dia oficial de campanha, arrancou também ontem o prazo para os pedidos de voto antecipado. Todos os eleitores que estejam impedidos de votar no dia 6 de outubro podem, até esta quinta-feira, pedir para votar no próximo domingo, dia 29 de setembro.