Merkel condena atentado em Halle

O Presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, declarou que o Estado “assume a responsabilidade pela comunidade judaica e a segurança da comunidade judaica na Alemanha”.

Depois do atentado à sinagoga em Halle, no leste da Alemanha, que provocou dois mortos, a chanceler alemã, Angela Merkel, veio a público garantir que o país tem "tolerância zero" no que toca "ao ódio" e disse sentir-se satisfeita pela existência de todas as comunidades judaicas que habitam no país, durante um discurso perante representantes do sindicato da metalurgia IG Metal em Nuremberga.

Merkel, que esteve na quarta-feira numa das principais sinagogas de Berlim em sinal de solidariedade, declarou-se “chocada e abatida como milhões de pessoas na Alemanha” com o ataque, que foi filmado e divulgado em direto na internet. 

 A comunidade judaica queixou-se da ausência de proteção policial na altura do ataque mas o Presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, declarou que o Estado "assume a responsabilidade pela comunidade judaica e a segurança da comunidade judaica na Alemanha" diante da sinagoga de Halle, esta quinta-feira, assumindo que o que aconteceu na quarta-feira, marcou o dia "pela vergonha e afronta" para o país.  

Recorde-se que um alemão armado tentou entrar na sinagoga, onde se encontravam dezenas de pessoas para assinalar o Yom Kipur, o maior feriado religioso judaico. Apesar de não ter conseguido entrar no edifício, o homem disparou contra os clientes que estavam num restaurante de kebabs, perto da sinagoga, tendo provocado duas mortes. Outro suspeito lançou pelo menos duas granadas de mão, uma contra um cemitério judeu junto da sinagoga e outra contra o estabelecimento de comida.

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