Mãe suspeita de matar filho por “medo de o perder”

No verão passado, o Tribunal chegou a declarar que a mulher deveria ser internada num serviço de saúde mental. Ana María esteve apenas nove dias internada e acabou por receber alta médica. 

Uma mulher foi detida, em Almeria, Espanha, suspeita de ter matado o filho de sete anos por estrangulamento. Segundo o El País, o pai tinha conseguido recentemente a custódia da criança, o que deixou a mãe, Ana María, "com medo de perder o filho", citando familiares da mulher de 38 anos. 

A disputa entre o ex-casal sobre a custódia da criança durava há anos. Segundo o pai da criança, Ana María era bastante descuidada com o menino e quando este estava com ela "não ia à escola, não comia bem e não estava cuidado devidamente, [apresentava] falta de higiene", o que fez o tribunal alterar a custódia e deixar o menino ao cuidado total do pai. 

No entanto, a decisão acabou por provocar a morte da criança. Ana María foi detida esta quinta-feira, depois do seu filho ter sido encontrado morto dentro do seu carro. Um familiar viu o menino no carro, com a boca ferida e a mulher começou a fugir quando percebeu que estava a ser observada. A Guardia Civil conseguiu encontrar Ana María, que se dirigia à casa do seu pai, com o corpo da criança dentro do carro. 

Ainda não se sabe se o estrangulamento ocorreu em casa ou na viatura da mãe, no entanto a autópsia irá esclarecer o sucedido. "Em nenhum momento houve indícios de que o menor corria risco de vida", garantem fontes judiciais citadas pelo El País. 

Os familiares da mulher acreditam que tudo aconteceu devido ao medo que a mulher tinha em perder o filho. "Tinha medo de ficar sem o filho e sem teto", revelaram familiares, citados na imprensa espanhola. "Andava perdida", acrescentam, afirmando que esta sofria de distúrbios psicológicos nos últimos meses. 

No verão passado, o Tribunal chegou a declarar que a mulher deveria ser internada num serviço de saúde mental. Ana María esteve apenas nove dias internada e acabou por receber alta médica, apenas com prescrição de medicamentos, segundo fontes próximas do processo judicial.