Joker. Gary Glitter, condenado por pedofilia, não vai ganhar dinheiro com música no filme

A escolha da música foi questionada nas redes sociais e os rumores de que o cantor ainda recebia dinheiro pela mesma espalharam-se.

As editoras Snapper Music e Universal Music Publishing Group (UMPG), que detêm as ‘royaltires’ da música ‘Rock&Roll Part II’, utilizada numa das cenas de ‘Joker’, asseguraram que Gary Glitter, o autor, não vai receber dinheiro pelo uso da música.

O artista britânico encontra-se a cumprir uma pena de 16 anos, desde 2006, depois de ter sido considerado acusado, e posteriormente considerado culpado, de abuso sexual contra menores. O cantor já tinha estado preso durante quatro meses, em 1999, por posse de pornografia infantil.

A escolha da música foi questionada nas redes sociais e os rumores de que o cantor ainda recebia dinheiro pela mesma espalharam-se. A americana UMPG confirmou que ‘não lhe pagava qualquer ‘royalty’ nem qualquer outra coisa’, tal como a Snapper Music, que garantiu não ter qualquer tipo de contacto com o cantor.

Apesar de as críticas terem levantado dúvidas quanto a este assunto, também houve, nas redes sociais, quem defendesse o uso da música. “A decisão de incluir a música de Gary Glitter em ‘Joker’ foi absolutamente deliberada. Acredito que a posição artística de o Joker ser um monstro carismático, como Glitter, foi uma posição artística arriscada que passou pela cabeça da maior parte dos telespetadores”, pode ler-se num tweet.

Em duas semanas, o filme já é um sucesso de bilheteira, tendo lucrado cerca de 500 milhões de euros.