Homem que matou mãe por achar que se tratava de demónio condenado a 15 anos de internamento em hospital prisional

A juíza advertiu ainda para o facto de existir um grande perigo de Luís Xavier poder voltar a “cometer este crime contra terceiros se não se mantiver em tratamento (…)”.

O Tribunal de Setúbal condenou Luís Xavier, o homem, doente esquizofrénico, que matou a mãe o ano passado por achar que ela era um demónio. O crime ocorreu a 21 de abril do ano passado, em casa, no Pinhal Novo. O homem, diagnosticado com esquizofrenia em 1998, deixou de tomar a medicação em 2015.

Luís Xavier foi ilibado do crime de homicídio qualificado, mas terá que cumprir uma pena de, pelo menos, 15 anos, de acordo com o Jornal de Notícias. Ficou provado que o homem agiu sem consciência e, por isso, ficará internado durante esse tempo no Hospital Prisão de Caxias, cabendo depois à equipa médica que o irá acompanhar decidir se o deve libertar ou não.

Durante a leitura da sentença, a juíza Sandra Conceição disse, segundo a mesma publicação, dirigindo-se ao réu que, “no meio disto tudo”, a única coisa que a consolava como ser humano era “saber que a vítima estava já sem vida quando lhe espetou as canetas nos olhos”. A juíza advertiu ainda para o facto de existir um grande perigo de Luís Xavier poder voltar a “cometer este crime contra terceiros se não se mantiver em tratamento e, por isso, antes de ser restituído à liberdade, tem que perceber a gravidade da doença".

O homem terá, de acordo com a acusação, apertado e torcido o pescoço da mãe, Albertina Xavier, pontapeando-a brutalmente também. Já sem vida, terá perfurado o pescoço com uma esferográfica e usado outra para perfurar um dos olhos.