Presidente brasileiro pondera juntar-se ao partido político da IURD

A IURD, cujo fundador e líder é o bispo Edir Macedo, além de ser uma força influente no Partido Republicano, é também proprietária do Grupo Record, o segundo canal de televisão de maior audiência do Brasil. 

Depois de o líder do Partido Social Liberal, Luciano Bivera, ter anunciado que Bolsonaro estaria afastado do partido, o Presidente brasileiro já recebeu vários convites de outros partidos políticos, segundo declarações da sua advogada, Karina Kufa, citada pelo jornal O Globo, esta terça-feira.

Entre todos os convites, Bolsonaro parece estar mais interessado na proposta do Partido Republicano Brasileiro, considerado o braço direito político da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), uma instituição evangélica bastante influente no país.

A IURD, cujo fundador e líder é o bispo Edir Macedo, além de ser uma força influente no Partido Republicano é também proprietária do Grupo Record, que detém o segundo canal de televisão de maior audiência do Brasil, que se mostra simpatizante de Bolsonaro. Desde que o Presidente subiu ao poder, as receitas de publicidade estatal cresceram 659%, de acordo com o Diário de Notícias.

O apoio público da IURD a Bolsonaro foi considerado um ponto muito forte e importante para este se ter tornado Presidente do Brasil. 

A saída oficial de Bolsonaro do PSL está para breve, como admite Karina Kufa: “Vai depender da decisão política do Presidente. Lá atrás, o Presidente estava desgostoso com o partido e fiz um pedido para que tentasse a conciliação. Foi quando eu conversei com o vice-presidente Rueda, para negociar um acordo”, declarou. 

Recorde-se que Bolsonaro disse a um apoiante do PSL, no Recife, para esquecer o partido e pediu-lhe para não divulgar um vídeo, onde citava Luciano Bivar, afirmando que o deputado está "queimado". "Esquece o PSL, ok? Esquece", declarou o Presidente brasileiro a semana passada.

Depois das declarações do Presidente, o líder do partido afirmou que Bolsonaro "já está afastado" do PSL. "Não disse para esquecer o partido? Está esquecido", afirmou o presidente do partido, que diz não saber o que vai na cabeça de Bolsonaro mas que quer estar em "paz".