Júlia Pinheiro e SIC vão ser julgadas por difamação

O caso ocorreu no programa Ídolos, em 2015, quando a produção do programa utilizou efeitos especiais para aumentar as orelhas do então concorrente.

A apresentadora Júlia Pinheiro e a SIC vão ser julgadas por difamação, devido ao caso polémico de Alexa – conhecido por Daniel Rebelo na época, antes da realização de uma operação de mudança de sexo – que participou nos Ídolos, em maio de 2015, e foi ridicularizada pelo tamanho das suas orelhas, avançou o Correio da Manhã. 

Apesar de não ter sido diretamente gozada pelos júris, a imagem de Alexa foi alterada enquanto cantava. Durante a audição, as orelhas da jovem foram alteradas e aumentadas através de um efeito por parte da produção do programa. O Grupo Fremantle e Gabriela Sobral, ex-diretora dos programas da SIC, também irão ser julgados.

Apesar da tentativa dos arguidos de não ir a tribunal, com a apresentação de recursos ao Supremo, os conselheiros do Tribunal decidiram que “os arguidos através dos efeitos especiais e de manipulação de imagem, transmitiram imagens das orelhas do assistente sempre a aumentar, de forma ridícula e exagerada”.

Júlia Pinheiro declarou não ter conhecimento da acusação. “Não sei do que está a falar” declarou a ex-diretora de conteúdos da SIC ao Correio da Manhã.  A SIC também ainda não se pronunciou sobre o assunto.

Os arguidos podem vir a ser condenados a pagar 100 mil euros à vitima, pelos danos psicológicos causados à jovem. Segundo Alexa, depois da sua participação no programa, a concorrente foi gozada na altura na escola e apelidada de “Orelhas” pelos colegas, tendo entrado em uma depressão. Recorde-se que, na época, as imagens contaram com milhares de partilhas nas redes sociais.