Portugueses querem comer melhor, mas não sabem como

O Dia Mundial da Alimentação celebra-se esta quarta-feira. 

Com base em 1166 inquéritos, Ana Teresa Tavares, autora da tese de doutoramento ‘Campanhas de comunicação pública’, concluiu que, apesar de lhes interessar, os portugueses não sabem como ter uma alimentação saudável.

A tese revela que são as mulheres e os jovens quem mais se preocupa com a alimentação, e considera que o interesse deste último grupo é ‘fundamental’ para a mudança de hábitos alimentares.

A autora da tese afirmou, em comunicado, que os inquiridos “procuram meios alternativos e pouco fidedignos” para se informarem. ‘A desinformação existente, principalmente aquela que circula nas redes sociais, promove grandes equívocos nas recomendações nutricionais apresentadas’.

Os últimos dados do Inquérito Alimentar e de Atividade Física (IAN-AF), relativos a 2017 revelam que mais de metade da população (52,7%) não consome frutas e legumes suficientes e que a ingestão de açúcares simples é superior à aconselhada pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

O mesmo relatório, realizado pela Universidade do Porto, revela que o consumo diário de sal por parte dos portugueses está acima da média do consumo recomendado pela OMS (5 gramas).

Ana Teresa Tavares conclui ainda que ‘são necessárias campanhas de comunicação pública para ensinar as pessoas a terem uma alimentação saudável’.