Hong Kong. Cenário de batalha campal mantém-se

A tensão continua depois de 21 semanas consecutivas de protesto.

Há 21 semanas que Hong Kong está em protestos contra a cada vez maior intervenção de Pequim na região administrativa especial. O cenário nas ruas de Hong Kong, este domingo, foi o mesmo dos últimos fins de semana: de batalha campal. 

As multidões bloquearam estradas, houve embates entre a polícia e os manifestantes, o comércio foi vandalizado, estações de metro foram encerradas e os serviços de comboio interrompidos. E as táticas da polícia mantiveram-se as mesmas,  utilizando canhões de água e gás lacrimogéneo para dispersar os manifestantes.  

Segundo o South China Morning Post, os embates entre as autoridades e os manifestantes iniciaram-se durante a tarde no distrito Tsim Sha Tsui, quando centenas participaram numa concentração ilegal no Jardim de Salisbury  contra o uso de “armas químicas” – diga-se, contra o uso de gás lacrimogéneo e canhões de água. A tensão aqueceu quando centenas de polícias – com equipamento anti-motim – foram destacados para rodear o parque, revistando manifestantes: muitos deles usavam máscaras em desafio à lei que proíbe o seu uso, em vigor desde o início deste mês. 

Iniciada a marcha – também ilegalizada – contra o Governo local, a polícia de choque não esperou mais do que uma hora para lançar gás lacrimogéneo contra os manifestantes.

Muitos que participaram na marcha carregavam cartazes onde se lia “a justiça irá prevalecer” e “opõe-te ao Partido Comunista, luta contra o totalitarismo”. A polícia manteve uma forte presença na cidade pela noite dentro.