Milhares de pessoas fazem um minuto de barulho contra a violência doméstica

De norte a sul do país houve quem se juntasse em memória das mais de 30 vítimas de violência doméstica, uma iniciativa da Altice.

Milhares de pessoas saíram ontem à rua para fazerem um minuto de barulho pelas mais de 30 vítimas de violência doméstica que morreram desde o início deste ano.

De norte a sul do país e em uníssono, instituições, organizações, individualidades e cidadãos responderam ao repto lançado pela Altice Portugal, através do Meo, e deram voz ao combate à violência doméstica.

Em Lisboa, a ação juntou mais de três mil pessoas na Avenida Fontes Pereira de Melo, junto da sede da Altice Portugal, que se fizeram ouvir das mais variadas formas. 

Em associação e em prol desta causa, entre várias entidades, marcaram presença a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima, a Federação Portuguesa de Futebol, a Cruz Vermelha Portuguesa, a Associação Portuguesa dos Contact Centers e várias dezenas de municípios portugueses, assim como inúmeras personalidades da sociedade, como Rosa Mota, João Gil, Luís Represas, Sílvia Rizzo e Iva Domingues, entre outros. 

Também a Liga dos Bombeiros Portugueses, através do seu presidente, Jaime Marta Soares, não quis deixar de marcar presença, alocando a esta iniciativa quatro viaturas operacionais a fazer soar as sirenes nas Picoas, Lisboa, e também nas várias centenas de corporações de bombeiros de todo o país.

Recorde-se que já em março deste ano, a operadora tinha lançado o apelo #NãoFiqueÀEspera, uma primeira iniciativa, em parceria com a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), contra a violência doméstica, com o objetivo de consciencializar os portugueses para esta forma de abuso.

Crianças A violência doméstica estende-se também às crianças – quase 10 mil crianças foram agredidas em apenas quatro anos, entre 1 de novembro de 2014 e 31 de dezembro de 2018.

Os números foram divulgados na Conferência Internacional sobre Violência Doméstica que decorreu ontem na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Os mesmos dados revelam que mais de mil crianças ficaram órfãs por causa da violência doméstica.