Miguel Oliveira vai correr na Malásia

O piloto de Almada falhou o GP da Austrália e teve a época em risco, mas os últimos exames médicos deram-no como apto para a etapa asiática, a penúltima do Mundial de MotoGP.

Afinal, Portugal vai continuar a ter representação no MotoGP nesta reta final de temporada. O cenário chegou a estar em risco depois da aparatosa queda de Miguel Oliveira na quarta sessão de treinos livres do GP da Austrália, que obrigou o piloto natural de Almada a falhar a etapa de Phillip Island.

Temeu-se pelo futuro imediato do piloto da KTM/Tech3, que durante alguns dias teve dores e inchaço nas duas mãos, resultantes de uma queda quando seguia a mais de 300 km/h. Ainda assim, os maiores receios da equipa e de Miguel Oliveira – suspeitas de lesão nos ligamentos dos pulsos – não se verificaram e, esta quinta-feira, o piloto português recebeu autorização médica para poder iniciar o penúltimo GP do ano aos comandos da sua KTM RC16.

Miguel Oliveira irá, ainda assim, partir com extrema precaução para os treinos livres do traçado de Sepang, até porque a queda na Austrália agravou a lesão que o piloto luso sofreu no ombro direito, no GP da Grã-Bretanha, a 25 de agosto, após a manobra perigosa do então colega de equipa Johann Zarco. «Os exames médicos estão concluídos e estou apto para conduzir amanhã, mas ainda não consigo dizer como vou sentir-me em cima da mota. Tenho de dar algumas voltas, ou até esperar pela primeira sessão [de treinos livres] antes de tomar uma decisão. Agarrar a mão do médico é, obviamente, diferente de conduzir esta mota», ressalvou Miguel Oliveira em Sepang, acrescentando: «Definitivamente, não estou a 100 por cento».

Na cabeça do piloto português, tudo está bem definido: a participação no GP da Malásia só ficará decidida após os testes livres. «Há o risco de cair outra vez e agravar a lesão [no ombro], que foi o que me aconteceu. Vimos que piorou um pouco e agora, em conjunto com a KTM, vou decidir o que fazer com isto, também por causa do futuro», salientou, ele que já sabe que irá continuar na mesma equipa – e no MotoGP – para a próxima época.

A cumprir a primeira temporada no circuito máximo do motociclismo mundial, Miguel Oliveira segue no 17.º posto do campeonato do Mundo, com 33 pontos amealhados e apenas uma etapa não disputada – precisamente a da Austrália. A 18.ª etapa começou na madrugada desta sexta-feira, com a primeira sessão de testes; no sábado realizam-se as qualificações, estando a corrida final marcada para domingo, dia 3.

O campeão de 2019, recorde-se, ficou conhecido na última etapa: Marc Márquez, da Honda, somou o sexto título mundial (quarto consecutivo), após vencer a 11.ª corrida da temporada. Andrea Dovizioso, da Ducati, garantiu igualmente o segundo lugar, também pela segunda temporada seguida,