Só há uma ambulância pediátrica no Algarve e agora está sem médico

No Centro Hospitalar do Algarve não há médicos pediatras para assegurar serviço de emergência

A região do Algarve tinha apenas uma ambulância pediátrica disponível e que deixou de funcionar na segunda-feira. Em causa está a falta de médicos pediatras disponíveis para assegurar o serviço de emergência.

Segundo avançou a TVI24, a situação deverá manter-se até ao final da próxima semana e, até lá, o veículo de emergência médica pediátrica não será utilizado. Já no final do ano passado e durante o verão deste ano a ambulância esteve parada pelos mesmos motivos – falta de médicos. 

Uma vez que a única ambulância pediátrica não está disponível, o Centro Hospitalar Universitário do Algarve assegura o transporte das crianças que precisam de ser reencaminhadas para o serviço de urgência com outras ambulâncias. O problema é que os restantes veículos não têm os equipamentos necessários em caso de assistência a um bebé ou recém-nascido em estado crítico. 

Através de um email enviado ao SOL, fonte do Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA) informa que "a ambulância de Transporte Inter-hospitalar Pediátrico (TIP) do CHUA está operacional na maior parte dos dias". A mesma fonte refere, no entanto, que existem "constrangimentos para garantir alguns períodos das escalas", lembrando que "as escalas são instrumentos de trabalho dinâmicas, sujeitas a alterações, pelo que o CHUA está a trabalhar no sentido de as completar".

O comunicado informa ainda que "o Centro Hospitalar Universitário do Algarve já tomou as diligências necessárias para garantir, em conjunto com o Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU), a resposta adequada em caso de necessidade especifica de transporte inter-hospitalar."

A falta de médicos é transversal a muitas especialidades no Centro Hospitalar Universitário do Algarve, onde as escalas de urgência, recorrentemente, têm falta de médicos – por exemplo, pediatras, urologistas e oftalmologistas. 

No último fim de semana, que incluiu um feriado e, por isso, havia mais pessoas na região do Algarve, várias especialidades não tinham qualquer médico especialista nas escalas.

artigo atualizado às 12h30 de dia 7 de novembro de 2019