Avó de gémeas que viviam em garagem quer ficar com a guarda das crianças

Recorde-se que a família vivia numa garagem na Amadora, sem condições, onde, segundo os vizinhos, as meninas e a mãe ficavam presas na habitação. 

A avó das gémeas Lara e Luísa, que viviam numa garagem na Amadora, disse que gostaria de ficar com a guarda das crianças. Maria Luiza Santos reside no Brasil e declarou que tem condições para ficar com as gémeas, no programa Sexta às 9, da RTP1.

A avó das meninas diz que sempre achou que a filha Mariana estivesse bem. “Não sabia disso. Morar numa garagem cheia de bichos, nem casa de banho tinha para as meninas", lamentou. O primo da mãe das crianças diz também ter ficado chocado com a situação. "Por mais que a gente imaginasse que a Mariana passava dificuldades, chega a notícia e a ficamos desesperados", disse à estação televisiva.

A mãe de Mariana Santos apela ainda às autoridades portuguesas para libertarem a filha e diz que as atitudes da mulher se deveram, em grande parte, ao companheiro, que conta com uma lista de indícios criminais, dos quais se destacam cinco queixas por violência doméstica, duas apresentadas por Mariana Santos. 

Depois de o caso ter sido descoberto, as meninas de 11 anos foram acolhidas numa residência temporária, onde vivem há cerca de três meses.  Recorde-se que a família vivia numa garagem na Amadora, sem condições, onde, segundo os vizinhos, as meninas e a mãe ficavam presas na habitação. Apenas uma das crianças saía da garagem, ao final do dia, para ir buscar comida.

Os pais foram presentes ao Tribunal de Instrução Criminal da Amadora, para primeiro interrogatório judicial, e ficaram sujeitos à medida de coação não privativa de liberdade, com privação de contactos com as vítimas.