Cinco militares da GNR acusados de sequestro e agressão

Em causa estão agressões a dois nepaleses. 

Cinco militares da GNR foram acusados pelo Ministério Público de dois crimes de sequestro, quatro ofensas à integridade física qualificada e dois de violação de domicílio por funcionário contra trabalhadores imigrantes, de acordo com uma nota publicada no site da Procuradoria da República da Comarca de Beja, esta segunda-feira. 

Os guardas foram detidos no passado dia 8 de maio, numa operação do Departamento de Investigação Criminal de Setúbal da Polícia Judiciária, por crimes alegadamente “praticados no início de outubro” de 2018, no concelho de Odemira.

Em causa, de acordo com a TVI, estavam agressões contra dois nepaleses que trabalhavam na agricultura na zona de Odemira. Depois de o patrão das vítimas e um dos imigrantes se terem envolvido numa discussão, um militar, amigo do patrão, estava presente e envolveu-se no desentendimento. Mais tarde, os guardas invadiram a casa dos imigrantes, tendo-os sequestrado e agredido de forma violenta.

A acusação foi deduzida no passado dia 30 de outubro. Após serem presentes a tribunal, um dos militares ficou sujeito a obrigação de permanência na prisão domiciliária, proibição de contacto com os outros militares da GNR dos postos de Odemira e Milfontes e suspensão de funções.

Os outros quatro detidos ficaram sujeitos a proibição de contacto com os outros militares da GNR dos postos de Odemira e Milfontes e suspensão de funções, acrescentou a mesma fonte.