Rio evidencia PS e PSD e ‘sossega’ Europa quanto a políticas de extrema-direita

O líder do PSD garante que, em Portugal, não há “qualquer movimento significativo de perfil fascista ou de extrema-direita. Nesse aspeto, a Europa e o PPE podem estar sossegados”.

Rui Rio esteve, esta quarta-feira, no Congresso do Partido Popular Europeu (PPE), em Zagreb. Na primeira sessão plenária do Congresso do partido europeu, o presidente do PSD salientou a força que PS e PSD, juntos, têm em Portugal. “Ao contrário do que tem acontecido na maior parte dos países europeus, em Portugal os dois maiores partidos reforçaram a sua implatação: PS e PSD juntos têm agora 81% dos deputados”, explicou Rio.

Apesar de os resultados das últimas legislativas terem levado o bloco de Esquerda a tornar-se a terceira força política, o presidente do PSD esclareceu, em alemão, que “o terceiro partido mais votado teve apenas 9% dos votos”. No seu discurso, na capital croata, Rui Rio esclareceu que “não há (…) nenhuma força política emergente com peso político real e implantação relevante na sociedade”. Rio “sossegou” os restantes deputados, já que, relativamente a Portugal, “muito menos há qualquer movimento significativo de perfil fascista ou de extrema-direita. Nesse aspeto, a Europa e o PPE podem estar sossegados”, disse, de acordo com a versão traduzida do discurso, a que a agência Lusa teve acesso.

Além-fronteiras, o líder do PSD elegeu a reforma da União Económica e Monetária como uma das prioridades, considerado que esta é um “elemento decisivo” para enfrentar “futuras crises e garantir a integridade da moeda única”.

Rui Rio destacou ainda temas na agenda europeia como o terrorismo, a crise emigratória, “e, fundamentalmente, as alterações climáticas”, não deixando ainda de defender que a Europa só conseguir manter a influência que tem a nível mundial se preparar as economias “para uma era de desenvolvimento  pós-industrial (…), com indústrias de valor criativo (…) e empresas de tecnologia de impacto zero nos ecossistemas”.