O pedido de pizza que salvou uma vítima de violência doméstica

Durante a chamada, a mulher usou respostas alternativas para que o agressor não se apercebesse da situação. “ O homem ainda está ai?” questionou o operador.  “Sim, quero uma piza grande”, respondeu.

Uma mulher fez uma tentiva arriscada para salvar a sua mãe, na cidade de Oregon, nos Estados Unidos. Ao ver a progenitora ser vítima de violência doméstica, a mulher decidiu ligar para o número de emergência a pedir ajuda e fingiu que estava a encomendar uma pizza, noticiou a ABC. 

Sem o agressor de aperceber, a mulher ligou para o 911 – 112, em Portugal – e disse que queria encomendar uma pizza, dando a sua morada ao operador, Tim Tenyck. “Queria encomendar uma piza para [a morada]”, disse a mulher não identificada. “Ligou para o 911 para encomendar uma piza?”, questionou o operador. “Sim. Casa  [número]”

Ao início, Tim Tenyck diz que pensava que era uma brincadeira ou que a mulher se tinha enganado no número. No entanto, quando esta insistiu que estava a falar com a pessoa certa, o operador decidiu mobilizar as autoridades para a morada indicada pela mulher.

Durante a chamada, a mulher usou respostas alternativas para que o agressor não se apercebesse da situação. “ O homem ainda está ai?” questionou o operador.  “Sim, quero uma piza grande”, respondeu. “Certo. E ajuda médica. Precisa de ajuda médica?” voltou a questionar Tenyck, com o intuit de compreender melhor a situação. “Não. Com pepperoni”, disse a mulher.

As autoridades aplaudiram a solução encontrada pela mulher mas sublinham que nem sempre esta estratégia resulta, visto os operadores não terem formação especifica para compreender que um pedido de uma pizza pode ser um verdadeiro pedido de ajuda.

Tim Tenyck disse aos órgãos de comunicação locais que comentou a situação com os colegas, e que alguns lhe disseram que não teriam acreditado que a mulher estava mesmo a precisar de ajuda.

"Ter a expectativa de que frases secretas vão funcionar com qualquer centro de atendimento do 911 é potencialmente perigoso", disse Christopher Carver, diretor do centro de operações do Número Nacional de Emergência nos Estados Unidos, sugerindo às vítimas que utilizem o serviço de mensagens escritas, no entanto nem todo o território norte-americano têm este serviço disponível, como é o caso da cidade de Oregon.