Enquanto grupos de direitos humanos apelam a reformas urgentes no Chile, Piñera quer militares de volta

A medida apresentada por Piñera vem poucas horas depois da Human Rights Watch ter apelado a uma reforma urgente na polícia chilena, por ter utilizado força excessiva e pelas detenções abusivas desde que se iniciaram os protestos.

O Presidente chileno, Sebastián Piñera, pediu esta terça-feira aos deputados para permitirem que os militares voltem para as ruas para defender infraestruturas públicas chave, mesmo enquanto diversos grupos de direitos humanos têm relatado graves abusos por parte das forças de segurança do país, durante as cinco semanas de protestos.

Segundo a Reuters, Piñera enviou uma proposta de lei ao Congresso, na manhã de terça-feira, para permitir que os militares protejam as redes elétricas, usinas elétricas, aeroportos, hospitais, e outras infraestruturas públicas de forma a assegurar "os serviços básicos".

O Presidente disse que a medida "libertaria a força policial" para "proteger a segurança" dos cidadãos". 
A medida apresentada por Piñera vem poucas horas depois da Human Rights Watch ter apelado a uma reforma urgente na polícia chilena, por ter utilizado força excessiva e pelas detenções abusivas desde que se iniciaram os protestos, no dia 18 de outubro. 

Os protestos contra a desigualdade no país e pela falta de serviços públicos já resultaram em 26 mortos e milhares de feridos – 200 dos quais ficaram com ferimentos nos olhos devido ao uso de balas de borracha.