Movimentos de carga nos portos portugueses em queda

Quebra da atividade em Sines explica os resultados negativos. Apenas Viana do Castelo e Leixões em contraciclo.

A carga movimentada nos portos portugueses continua em queda, depois de divulgados os números referentes aos primeiros três trimestres de 2019. Os portos comerciais do continente movimentaram, até setembro, um volume global de 65,6 milhões de toneladas, o que reflete um decréscimo de 7,2%, em relação a igual período do ano transato.

De acordo com comunicado da Autoridade da Mobilidade e Transportes, o desempenho negativo justifica-se com a quebra no porto de Sines, devido à greve dos trabalhadores portuários do Terminal XXI, que decorreu de maio a agosto, e à ocorrência de paragens programadas da central termoelétrica e da refinaria.

Apesar de continuar a liderar o segmento dos contentores, com uma quota correspondente a 52,1%, e o movimento global portuário, com uma quota de 47,9%, Sines registou uma descida de quase 6,4 milhões de toneladas no movimento verificado na carga contentorizada, carvão e petróleo bruto, valores que representam 82,4% do total de cargas “perdidas”, em relação ao período homólogo.

Os portos de Viana do Castelo e de Leixões são os únicos a apresentar um comportamento em contraciclo, obtendo resultados positivos nesta análise. Viana do Castelo cresceu 19,1% e Leixões 1,9%, para volumes globais de 307,8 mil toneladas e de 14,8 milhões de toneladas, respetivamente – a melhor marca de sempre de Leixões.

Neste período, também os portos de Lisboa (-3,6%), Figueira da Foz (-8,7%) e Setúbal (-2,2%) registaram quebras na sua atividade.