PSD interpela Executivo e desafia Costa a “reconhecer que falhou” no SNS

O deputado alertou ainda que, se o Governo socialista quiser continuar a negociar os Orçamentos do Estado “como se de uma mercearia se tratasse, então que continue a ir ao supermercado da Geringonça”.

O PSD desafiou, esta quarta-feira, o Executivo a reconhecer o “desnorte na saúde em Portugal”. O vice-presidente da bancada do PSD, Ricardo Baptista Leite, afirmou não valer a pena “falarem [o Governo] em pactos de regime e outros acordos que não sejam para reformar o sistema de cima a baixo”.

O deputado alertou ainda que, se o Governo socialista quiser continuar a negociar os Orçamentos do Estado “como se de uma mercearia se tratasse, então que continue a ir ao supermercado da Geringonça”.

Criticou duramente o governo de António Costa, desafiando o primeiro ministro a “reconhecer que falhou” no setor da saúde. "Deixaram o diabo à solta e agora o nosso SNS está transformado num autêntico inferno", acusou, retomando uma ideia lançada num debate da anterior legislatura sobre saúde, em que acusou o Executivo de "ter deixado o diabo" no SNS.

Durante a interpelação do PSD, a primeira desta legislatura, Baptista Leite falou do aumento das listas de espera para consultas e cirurgias, das condições do setor, e da “conversa sobre a exclusividade dos médicos”, que, segundo o deputado do PSD, “não passa de uma cortina de fumo”. “A pergunta que deveriam fazer é: porque é que os médicos, que o governo quer por via da força obrigar a ficar no SNS, afinal querem sair?”, acrescentou.

Baptista Leite fez questão de sublinhar que os problemas do SNS atingem os mais desfavorecidos. "Quem pode, resolve recorrendo ao privado. Os que não têm esses recursos nada mais podem fazer senão aguentar, sofrer ou morrer", afirmou, acrescentando que "um Estado que falha perante os mais vulneráveis, é um Estado que falha perante todo o país".

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