Finlândia. Orçamento europeu aquém da proposta de Costa

Finlândia garante que negociações são para continuar.

A Finlândia, que detém a presidência rotativa da União Europeia, já avançou com uma proposta para o próximo Quadro Financeiro Plurianual (para o período entre 2021-2027) e defende que esteja assente numa contribuição nacional de 1,07% do rendimento nacional bruto de cada Estado-membro. Um valor que fica aquém do que foi defendido pelo Governo português e que se fixava nos 1,16%, avançou o Expresso. Feitas as contas dá um montante global na ordem os 1087 mil milhões de euros e acaba por não fugir muito do que tinha sido apresentado pela Filando, em outubro, quando defendeu uma contribuição entre 1,03% e os 1,08%. E também longe dos 1,11% propostos pela Comissão Europeia e de 1,3% defendido s pelo Parlamento Europeu.

Já nessa altura, António Costa considerou que a proposta da presidência finlandesa para o orçamento comunitário pós-2020 não tinha “pés para andar”, considerando desejável um rápido consenso para evitar mais “nuvens no horizonte” da União Europeia.

Cabe agora, a cada país terá calcular as respetivas fatias face aos valores e novos critérios de distribuição avançados, perceber se perde ou ganha – e em quê – em relação à proposta da Comissão.

A discussão vai continuar até à Cimeira de líderes de 12 e13 de dezembro. No entanto, os finlandeses assumem a responsabilidade pelos números agora apresentados, numa tentativa de conciliação, mas garantem que “não é vinculativa” e que as “negociações continuam sob o princípio que nada está acordado até tudo estar acordado”.

O que é certo é que se a proposta da Comissão Europeia representava um corte de 7% nas políticas de coesão destinadas a Portugal, o valor agora concretizado pela Finlândia significa um corte superior a 10% dos fundos estruturais, diz o Negócios.