Sporting pede que jogadores sejam ouvidos por videoconferência

Clube de Alvalade invocou razões de ordem psicológica.

A 8.ª sessão do julgamento no processo do ataque à Academia do Sporting ficou ontem marcada pelo pedido do clube leonino para que as inquirições de oito dos seus jogadores fosse feita via videoconferência. O objetivo passa por “proteger os jogadores das pressões da sala de audiências, onde se encontram arguidos”, segundo Miguel Moutinho, advogado do clube.

O Sporting, que é assistente do processo da invasão à Academia de Alcochete, invoca assim razões de ordem psicológica para que os seus atletas não necessitem de estar presentes fisicamente no tribunal. Contudo, o advogados dos leões apresentou ainda uma alternativa para caso esta seja recusada, a dos oito jogadores – Wendel, Mathieu, Acuña, Battaglia, Luís Maximiano, Coates, Ristovski e Bruno Fernandes – serem ouvidos em tribunal sem a presença dos arguidos. Segundo Miguel Moutinho, isso evitaria constrangimentos.

Recorde-se que era esperado que os atletas fossem ouvidos esta semana, contudo, os compromissos da equipa – que se encontra no Norte do país para defrontar hoje o Gil Vicente em jogo a contar para a Taça da Liga – levaram a que o Sporting solicitasse o reagendamento das suas audições.

Ontem foi ouvido Manuel Fernandes, antigo futebolista e diretor do departamento de scouting do clube à data do ataque. Fernandes afirmou que pensava que Bruno de Carvalho se preparava para despedir Jorge Jesus no dia do ataque, referindo-se a uma reunião que tiveram na véspera, onde o antigo presidente questionou: “Amanhã, vamos estar todos na academia às 16h00 e aconteça o que acontecer vocês estão comigo?”. Já na segunda-feira, Ricardo Gonçalves tinha referido essa reunião e essa afirmação.