2019. Ano recorde na construção de empresas

Só este ano já nasceram mais de 45 mil empresas.

Falta um mês para terminar o ano mas só em 2019 já nasceram praticamente o mesmo número de empresas face a igual período do ano passado. Os dados são do Barómetro Informa D&B e revelam ainda que até ao dia 30 de novembro foram criadas 45 471 empresas, “o que configura um mais que provável recorde de novas empresas em 2019”.

Os setores que mais contribuíram para este número recorde foram os transportes e a construção. Segundo o barómetro, em conjunto, estes dois setores são responsáveis por mais de 90% das constituições.

Nos transportes foram criadas mais de quatro mil novas empresas este ano, um aumento de 2098 face ao mesmo período do ano passado: um crescimento de 106,5%. “O crescimento nos transportes deve-se quase na totalidade às novas empresas registadas no subsetor do transporte ocasional de passageiros em veículos ligeiros”, explica o barómetro.

Já a construção também registou um crescimento de 28,4% com o aparecimento de mais de cinco mil novas empresas, principalmente nos subsetores da construção e promoção de edifícios e nas atividades especializadas.

Atividades imobiliárias, alojamento e restauração, serviços gerais e retalho são os quatro setores que registam menos constituições de empresas.

No que diz respeito aos encerramentos, todos os setores representaram um número inferior ao do ano passado, à exceção da agricultura e outros recursos naturais. “No total dos setores, a descida de encerramentos é de 14,9% face a 30 de novembro de 2018, com a maioria a registar descidas de dois dígitos”.

Também os nossos processos de insolvência registaram uma quebra de 7%. Esta é uma tendência que vem a acontecer desde 2013 mas que se tem tornado menos acentuada desde o segundo trimestre deste ano.

“Este abrandamento da descida de novas insolvências deve-se ao setor das indústrias, que regista uma subida desde o início do ano. Em 30 de novembro, este setor registou mais 17,9% de novas insolvências do que em 2018, sobretudo nas empresas têxteis e metalúrgicas”.