Portugal pode acolher migrantes marroquinos que desembarcaram no Algarve

A preocupação inicial das autoridades portuguesas foi perceber qual era o estado de saúde dos jovens – que “estão bem”, segundo o SEF –, para depois lhe poderem ser explicadas as condições em que se podem mater no país.

Portugal pode vir a acolher os seis migrantes que, esta quarta-feira de manhã, desembarcaram numa praia em monte Gordo, no distrito de Faro. De acordo com a diretora nacional do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, os jovens, com idades compreendidas entre os 16 e os 26 anos, podem ficar em Portugal ao abrigo do quadro de proteção internacional aplicados noutros casos de estrangeiros resgatados no mediterrâneo.  

Cristina Gatões explicou, em declarações aos jornalistas, que preocupação inicial das autoridades portuguesas foi perceber qual era o estado de saúde dos jovens – que “estão bem” –, para depois lhe poderem ser explicadas as condições em que se podem mater no país.

"Estes jovens chegaram numa embarcação frágil à costa portuguesa, por volta das 10:30 da manhã, foram recolhidos pela Polícia Marítima, que entretanto entrou em contacto com o SEF, e desde essa altura que a nossa preocupação tem estado a ser estabilizá-los, estiveram a ser alimentados, hidratados", garantiu a dirigente a nível nacional do SEF, segundo o Jornal de Notícias.

Explicou ainda, em conferência de imprensa, que, a meio da tarde, os jovens “de nacionalidade marroquina” foram transferidos da capitania de Vila real de Santo António, à guarda do SEF, para o Centro Policial da Fronteira Luso-espanhola entre o Algarve e Andaluzia, onde vão permanecer até as autoridades "perceberem em que circunstâncias chegaram" e "quais são as intenções deles relativamente a esta chegada a Portugal".

"Estamos a trabalhar no quadro ou no âmbito da proteção internacional e depois, quando avaliarmos a situação deles, serão tomadas medidas em conformidade", garantiu, citada pela mesma publicação. "À semelhança de outros que chegaram a Portugal, ser-lhes-á assegurado o seu pedido, registado o seu pedido, ser-lhes-á providenciada documentação que comprova que esse pedido está em análise e ser-lhe-ão garantidas assistência médicas e todas as condições", como "alojamento e meios de subsistência", explicou.